quinta-feira, 30 de junho de 2011

ALONGAMENTO PARA VIAGEM DE MOTO

Em uma viagem longa de moto, o cansaço normalmente começa a aparecer depois de algumas poucas horas. Esse cansaço, além de causar desgaste físico, também afeta algumas regiões do cérebro responsáveis pela atenção e pelos reflexos, aumentando exponencialmente a possibilidade de um acidente. É importante o motociclista ter consciência destas limitações para se preparar para elas, e uma das formas é uma parada de 10 a 15 minutos a cada uma hora e meia ou 150 quilômetros de estrada, o que vier primeiro. Neste tempo de parada, deve-se aproveitar para abastecer a moto, checar se está tudo ok com ela, ingerir líquidos e fazer alguns exercícios de alongamento muito simples, que vão tornar a pilotagem mais confortável, reduzir as dores, cansar menos a musculatura e com isto aumentar a segurança.

Os exercícios abaixo são uma sugestão, e podem ser feitos antes de iniciar a viagem e a cada parada. Cada alongamento deve ser feito durante pelo menos 20 a 30 segundos. Conte mentalmente este tempo. Os movimentos durante o alongamento devem ser feitos até o limite de sentir um leve desconforto mas não deve provocar dor.

Alongamento da musculatura posterior do pescoço:

De pé, entrelace os dedos das mãos sobre a nuca e force o queixo em direção ao peito. Mantenha os pés na mesma linha dos ombros.


Alongamento da musculatura anterior do pescoço:

Pegue os dois dedos polegares, feche as mãos, deixe os dedos abertos e os encoste embaixo do queixo, empurrando a cabeça para trás. Olhe para cima.


Músculos laterais do pescoço:

Com os pés paralelos, coloque a mão esquerda no lado direito da cabeça, puxando-a para o lado oposto para alongar toda a parte direita. Incline o máximo como se quisesse tocar a orelha no ombro. Em seguida, faça o mesmo exercício mas do lado oposto.

Alongamento dos flexores e extensores de braço:

É uma parte fundamental para os motociclistas, pois se encarrega dos movimentos do guidão, acelerador e freio. De pé, estenda a mão para frente, pegue nas costas dela, mantendo o cotovelo reto. Puxe para baixo e sinta a musculatura. No mesmo movimento, você vai colocar a palma da mão para cima, vai puxar para baixo pela ponta dos dedos, mantendo o cotovelo sempre reto. Isso serve para sentir o antebraço esticar, uma musculatura que se usa bastante para aceleração e desaceleração da motocicleta. Faça nas duas mãos.

Alongamento dos ombros:

Lado direito: Eleve o braço direito como se fossa passar a mão por trás da cabeça. Em seguida segure no cotovelo com a mão contra lateral, puxando-a nesta direção. Em seguida repita o exercício com o ombro esquerdo.

Alongamento dos extensores e flexores de pé:

Pegue no peito do pé ou na ponta dos dedos, o que é o ideal, encoste o calcanhar no glúteo (nádega), joelho com joelho (alinhados), puxe alongando. A outra perna fica levemente flexionada para não forçar a articulação do joelho. Repita com a outra perna.

Alongamento da musculatura dorsal:

Mantenha os pés juntos e desça lentamente tentado tocar as pontas dos dedos nos pés. Abaixe até o seu limite e mantenha esta postura por cerca de 20 a 30 segundos. Em seguida levante devagar, apóie as mãos na cintura e incline o máximo possível para trás mantendo também por cerca de 20 a 30 segundos.





Estes alongamentos podem ser repetidos ao longo do dia e nas paradas nas viagens. Há vários outros tipos de exercícios, mas estes são básicos e visam alongar os principais músculos usados na pilotagem, dando conforto e relaxamento, evitando cansaço e lesões musculares.

Transforme o relaxamento em um hábito, mesmo nos dias em que não for pilotar. Eles te deixarão mais flexível e auxiliarão também na circulação sanguínea através das contrações musculares, o que reduz o risco de cãibras.

fonte: Viagem de Moto

terça-feira, 28 de junho de 2011

ACELERANDO PARA O CÉU

Hoje recebi uma mensagem a qual realmente não gostaria. Fiquei triste, desgostoso.
É, mais um amigo que deixa esta vida para acelerar no céu.

Sábado após o Ilha MotoFest 2011, o amigo e companheiro de trabalho Márcio Manteiga, carinhosamente apelidado de "tiozinho", bateu com sua moto em um cavalo que se encontrava na rodovia de acesso ao aeroporto Urubupungá (Castilho/SP), ceifando a sua vida.

Morreu fazendo o que gostava, e teve uma vida plena!

Isto nos faz meditar: Será que vale a pena?

Vale a pena pegar sua moto e dar uma volta? No frio, na chuva, sob a adrenalina do perigo que este hobby nos impõe? Qual é a sua avaliação?

Estas notícias nos deixam tristes. Fatalidade, é a única explicação. Velocidade baixa, porém um obstáculo na via. Poderia ter acontecido com qualquer um.

Após meditar sobre todos os riscos, preocupação dos pais e noiva, sigo em frente sempre curtindo minha motocicleta. Nada paga o sentimento de se pilotar sob duas rodas.

O risco é intrínseco, mas nem por isso deixo de utilizar a motocicleta.

Temos que aproveitar nossa vida, tentar expreme-la e obter o máximo de felicidade. Não é pelo medo que devemos desistir de nossos sonhos e viver (?) em uma gaiola.

Márcio Manteiga era um sujeito muito feliz, alegre e descontraído. Fazia o que gostava. Foi embora fazendo o que gostava. Fica o exemplo a ser seguido.

LUTO - Amigo Manteiga, acelere nos céus! Amém!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

POR QUE VIAJAR?


Quando eu era adolescente, vi uma fotografia de Mário de Andrade sobre os trilhos da estrada de ferro Madeira-Mamoré - também conhecida como a “Ferrovia do Diabo”. Sua presença foi registrada durante a construção da obra, em plena selva amazônica, no início do século XX.

Um empreendimento histórico que ceifou a vida de 6 mil trabalhadores, vitimados por ataques de índios, afogamentos, picadas de cobra e doenças diversas, como malária, febre amarela, beribéri e tuberculose.

Achei curioso aquele fato. Por que um escritor da Paulicéia estaria tão longe de casa, em local tão ermo? Quantos dias ou semanas teria ele gastado para chegar ali?
Por qual razão?

Sua arte dependia disso! Estar ali

Naquela época, eu mal sabia que Mário de Andrade não era uma pessoa comum. Seus livros e estórias nasciam do contato profundo com o Brasil Escondido. Ele havia decidido mergulhar nas entranhas de seu país e de seu povo. Sua arte dependia disso! Estar ali, no meio do nada, era uma ginástica aparentemente corriqueira para ele. Depois soube que foi por aquelas paragens amazônicas que encontrou inspiração e conteúdo para sua maior obra: Macunaíma.

À medida que fui crescendo, ganhando maturidade e me apaixonando cada vez mais por literatura, passei a perceber que os chamados escritores de primeira grandeza possuíam, via de regra, essa característica. Escreviam sobre locais, pessoas e sentimentos que conheciam de perto. Não apenas dominavam as letras, mas sabiam se colocar como atores e aprendizes de uma realidade social que poucos imaginavam existir. Essa característica não pertencia apenas a Mário de Andrade, mas a muitos outros escritores que marcaram nossos tempos: Gabriel Garcia Márquez, Neruda, Sábatto, Borges, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, dentre outros. Talvez fosse o exercício de se embrenhar pelas terras esquecidas e pela história de seus países o grande diferencial que os transformou em homens inesquecíveis para a humanidade. Sabiam bem do que falavam. As emoções e os cenários de suas estórias estavam gravados (também) em suas próprias peles.

Os grandes homens e poetas são, em sua imensa maioria, eternos viajantes

Não viajantes comuns, mas exploradores. Uma verdadeira viagem tem que ter essa conotação: explorar, superar limites, desejar o novo. Buda, Cristo, Francisco de Assis, Gandhi e Paulo de Tarso eram viajantes solitários, exploradores de almas, e gastaram muita sola de calçado na caminhada da iluminação.


VIAJAR, sob todos esses aspectos, tornou-se essencial para mim, para minha própria formação intelectual e espiritual. Foi o meio que utilizei para amadurecer e fortalecer meu espírito e para experimentar um tipo de felicidade que ainda não conhecia. De falar com propriedade das coisas que vi, que senti e que presenciei. Creio que o verdadeiro encontro interior para alguns, como eu, precisa passar pela experiência do ir para longe e do voltar feliz para casa. Do desvendar o que existe além da montanha e do rio. Do experimentar diferentes sons, odores e temperaturas. Do contemplar o sol, a chuva ou as estrelas. Do conhecer pessoas simples e do aprender com elas.

Pilotar uma moto por longos períodos de tempo gera um estado mental diferenciado

Eu, após viajar muito de ônibus, de avião e automóvel, só consegui experimentar um contato profundo comigo mesmo depois que passei a viajar de motocicleta. Sabe-se lá o porquê, mas sempre tentei me justificar acreditando que pilotar uma moto por longos períodos de tempo gera um estado mental diferenciado. O corpo, em contato direto com o ambiente, parece estar sob as carícias da natureza. A mente relaxa, mas os reflexos ficam acesos e prontos para dar comandos rápidos aos membros. Em outra oportunidade cheguei a comparar esse estado psíquico ao que os antigos monges taoístas chamavam de “encontrar o silêncio no meio da tempestade”. É uma espécie de inebriamento que só acontece quando nos deslocamos em velocidade moderada. Quando se acelera com exagero as emoções são diferentes, decorrem da adrenalina, mas não se atinge essa condição espiritual.

Contudo, não advogo a tese de que a motocicleta é o melhor veículo para todos. Trata-se de uma constatação pessoal. Sei de outros viajantes que vivenciaram emoções idênticas dentro de um jipe, de um veleiro, sobre uma bicicleta ou simplesmente caminhando ou mochilando pelas estradas do mundo.

Quem viaja está sempre construindo algo diferente para suas vidas. Está abrindo seu coração para novos sentimentos e amizades. Está descerrando a mente para novos conhecimentos, os olhos para novos cenários e horizontes. Enfim, compartilhando sua alma com o planeta que o acolhe.

Autor: Flávio Faria (Brasília – DF)

Fonte: Rotaway

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MOTOTERAPIA, DOUTOR?!


E ele confirmou. Afinal, após o check-up ficou evidente que o estresse estava matando Carlos. Sua pressão alterada, a diabetes nervosa, dores pelo corpo, depressão... eram todos reflexos físicos da chegada do limite psicológico. O corpo já vinha avisando que não agüentaria mais tanta negligência com horários e alimentação, mas quando a taquicardia apareceu seguida das dores características de um enfarto, não deu pra ignorar.

O médico, rara mistura de profissional com idealista, teve o cuidado de pedir a presença da esposa Judite. Diante de ambos, esclareceu o tratamento, os remédios, os cuidados e arrematou:

“Carlos, me diga uma coisa que você adoraria fazer no seu dia-a-dia ?”

“Andar de moto ! Sonho com isso há anos...”

Sem pestanejar, o receituário foi escrito e quando lido pelo paciente, a perplexidade traduziu-se em palavras.

Após notar o impacto da idéia, o médico continuou e foi logo dirigindo-se a Judite, tentando pescar algum tipo de rejeição. Não havia. O casal parecia aliviado pela idéia ter partido de outra pessoa. Fingiram levar na brincadeira, mas o assunto foi reconduzido à seriedade. Era realmente importante que Carlos encontrasse uma válvula de escape.

Saíram do consultório e já no carro começaram a conversar sobre o assunto, afinal Carlos sequer era habilitado ao motociclismo. Judite também queria aprender. Nunca revelara, mas sempre romanceara essa vontade de sentir-se como uma “amazona” dos tempos modernos. Comprariam revistas, visitariam lojas e estudariam as opções. Mas com certeza comprariam a moto !

Se foi o mito, os comentários das revistas, o estilo ou tudo junto, não importa. O importante é que um mês depois já estavam esperando a chegada de sua eleita, uma Sportster 883. Enquanto isso as aulas práticas eram vencidas com facilidade e entusiasmo. Motociclismo tornou-se o assunto deles e logo perceberam que nem todo mundo se afinava com isso. Existia certa rejeição por parte de alguns parentes e amigos, que fomentaram a princípio calorosos debates, mas que infrutíferos, deram lugar ao silêncio. Sentiam vontade de estar perto de quem os compreendesse...

Contaram os dias desde que se habilitaram até a chegada da moto. Parecia uma eternidade, mas finalmente ela estava em casa, licenciada e pronta pra rodar, mas... e o medo ? Já tinham lido o manual várias vezes, testado todas as lâmpadas, a buzina, os freios, dado partida, montado, engatado marcha e sentido a embreagem, porém o receio ainda predominava

“Será que consigo andar nessa moto tão grande e pesada ? E se for muito forte ?”

A excitação foi maior e Carlos postou-se sobre sua linda máquina, ligou-a e timidamente saiu, os pés resvalando no chão por vários metros e depois postados corretamente nas pedaleiras. Quantos quilômetros andou ? Quanto tempo se passou ? Nem percebeu.

Mas quando voltou, Judite saiu logo ao seu encontro e também quis pilotar. E lá se foi ela, sentindo imenso prazer de ter o vento acariciando seu corpo naquele belo fim de tarde ornado por avermelhado pôr de Sol.

Muito ainda rodariam, sozinhos ou em casal, adornando e adequando a moto com bolsas para viagens e trabalho, encosto traseiro para o conforto da garupa,, curtindo cada detalhe, cada momento, cada programação das pequenas incursões pelas cidades vizinhas, registrando tudo em fotos e escritos, mantendo viva a recordação dos bons e novos momentos de intimidade que as estradas e pousadas lhes proporcionavam. Sentiam-se especiais, agraciados pela descoberta de um novo mundo.

Foi na revisão de 8.000km da moto, que Carlos deteve-se a ler as revistas Enthusiast e Hog Tales. Percebeu que as fotos mostravam situações muito parecidas com aquelas que ele mesmo fotografara na companhia de Judite, exceto pelo fato de que os cenários eram norte-americanos e de que os grupos eram formados por vários casais. Ficou encantado com aquilo, afinal os gringos tinham grupos de motociclistas que saiam todos juntos, tendo como afinidade suas motos e a necessidade de partilhar a estrada. Seria tão bom se houvesse isso por aqui, pensou. Logo encontrou outra revista, desta vez em português e lendo-a deu-se conta de que havia, sim, grupos de motociclistas, motoclubes e afins aqui mesmo no Brasil e que a própria Harley-Davidson mantinha um grupo que organizava passeios e eventos entre os proprietários de seus produtos. Descobriu também, que fora automaticamente associado a tal grupo quando adquirira sua moto nova. Ficou surpreso e feliz com as perspectivas.

Novidade contada, Judite também se empolgou e logo aceitaram o convite subseqüente da concessionária para um “café da manhã” no sábado. Ali sem dúvidas encontrariam aquelas pessoas que tanto buscavam, aqueles que como eles próprios haviam encontrado sobre duas rodas o caminho da felicidade.

E foi assim, entre sustos e surpresas, entre receios e superações que Carlos e Judite se prepararam pra a deliciosa aventura de pertencer ativamente à grande família motociclista.

fonte: Viagem de Moto

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PERDENDO AMIGOS E COLEGAS


Ultimamente estamos lendo e recebido notícias tristes, de irmãos motociclistas que de alguma forma estão tombando na nosso luta diária no trânsito louco e frenético que nos deparamos.

Digo que lutamos, e lutamos sim. Ainda não existe nenhuma legislação ou projeto específico que garanta a integridade e segurança dos motociclistas. Pior, nossas autoridades tem – com certa freqüência, infelizmente – criado leis e projetos que dificultam a nossa vida. Foi rejeitada estes dias o projeto que obrigava o motociclista dispor de 2 capacetes na moto; digo o do piloto e mais um. Agora imagine um biker com uma R1, tendo em seu assento de garupa um capacete Taurus preso com aranha? Seria realmente necessário? Sorte que foi rejeitada...

Outra decisão desfavorável foi a proibição de tráfego de motos nas Marginais da cidade de São Paulo! Agora os motociclistas precisam disputar lugar com caminhões e ônibus – veículos que possuem maiores áreas de ponto cego, em relação aos automóveis de passeio – em uma outra faixa. Uma decisão péssima para todos nós.

Agora, por causa destas e de todas as outras formas de descaso – cito então a que enumero como a pior: a falta de educação e até mesmo cortesia no trânsito de hoje – temos perdido amigos.

Não os conheci pessoalmente, apenas através de fóruns pela internet, mas ao saber de seus acidentes fiquei extremamente chateado e frustrado.

Como pode um ato de liberdade ter conseqüências trágicas vez ou outra? Este é o motociclismo de hoje em nosso país.

Acidentes ocorrem em todos os lugares, em todos os países... mas no nosso está perigosamente acima da média.

Aos amigos Cuca e Gustavo, aos quais não conheci pessoalmente e nunca os conhecerei em vida, fica minha homenagem.

E aos amigos que estão lendo, levem para a cama a seguinte pergunta: O que nós motociclistas podemos fazer para tornar o trânsito melhor e menos nocivo?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O QUE LEVAR EM UMA VIAGEM?


Esta é uma dúvida que assombra todo mundo durante o planejamento e preparação para uma viagem de moto que dure vários dias. O que levar na bagagem? A chave é encontrar o ponto de equilíbrio entre o máximo e o mínimo. É não levar muito mais objetos do que vai precisar ou deixar de levar o que pode ser extremamente necessário.

Uma bagagem exagerada vai:
• Obrigar a levar mais bolsas;
• aumentar o peso que a moto vai carregar;
• aumentar o arrasto;
• aumentar o consumo de combustível;
• aumentar o desgaste dos pneus;
• aumentar o desgaste da moto;
• aumentar o desgaste do motociclista;
• dificultar a disposição e o amarre dos objetos sobre a moto;
• dificultar manobras, principalmente em baixa velocidade ou para estacionar;
• dificultar a retirada da bagagem da moto para levar para o hotel e vice-versa.

Uma bagagem muito sóbria vai:
• deixar um item importante para trás;
• faltar roupa para diferentes condições de clima e temperatura;
• faltar roupa adequada para os ambientes a frequentar;
• aumentar o desconforto durante a viagem;
• lavar roupas diariamente e torcer para que sequem rápido;
• aparecer nas fotos com a mesma roupa todo dia.

Pra não deixar para a última hora e correr o risco de esquecer algo, é interessante fazer uma lista dos itens a serem levados alguns dias antes da data marcada para a viagem, e na medida em que for planejando os demais detalhes, revisitando a lista para verificar se algo não foi esquecido.
Vamos à lista elaborada até o momento.

Alimentação
- Água mineral
- Barrinhas de cereais (ou frutas secas)

Acessórios
- 1 Capacete
- Viseira Escura e Transparente
- 1 Balaclava
- 1 Conjunto Jaqueta e Calça de cordura
- 1 Conjunto de Segunda pele
- 1 Par de Luvas
- 1 Par de Botas

Roupas
- 1 Bermuda
- 1 Calça
- 5 Camisetas
- 1 par de Chinelos
- 5 Cuecas
- 1 Sunga ou 1 calção de banho
- 3 pares de Meias
- 1 par de Tênis

Outros itens

- 1 tubo de Reparador de pneu
- 1 lata de lubrificante de corrente
- 1 Flanela
- 1 Lanterna
- Manual do proprietário
- Mapa do percurso ou GPS
- Dinheiro, cartões e os Documentos
- Máquina fotográfica

Remédios e proteção:
- Kit de emergência de primeiros socorros, (o mesmo que era obrigatório no carro)
- Plasil – náuseas e vômitos
- Epocler – ativador função epática
- Buscopan – cólicas, analgésico
- Aspirina – analgésico
- Neosaldina - p/dor muscular, melhor que Dorflex
- Voltaren – antiinflamatório
- Kolantil – pastilhas antiácido
- Imosec – antidiarréico
- Eno – sal-de-frutas
- Colírio - Lacrima
- Protetor labial (manteiga de cacau)
- Protetor auricular.

Dependendo dos dias de sua viagem, esta lista poderá sofrer algumas modificações, principalmente em suas quantidades
Link
Fontes:
http://www.viagemdemoto.com/2010/05/o-que-e-necessario-levar-numa-viagem.html
http://www.forumxt600.com.br/forum/ftopic111.html

segunda-feira, 13 de junho de 2011

PEIXE VIVO COM A NAMORADA - SEGUNDA-FEIRA???

Como estava de folga a partir de domingo, dia 5 de junho, combinei com minha namorada um passeio de moto até a cidade de Icem, ao restaurante Peixe Vivo, que fica a jusante da UHE de Marimbondo.

Às vezes, o que falta a alguma pessoa é incentivo e percebi que depois que presenteei minha namorada com uma jaqueta própria para motociclistas ela se interessou por viajar de moto! Inclusive foi ela que quis passear pra Icem de moto na segundona, dia 6 de junho!!! Eu fiquei feliz da vida, claro!!!

A viagem em si foi tranqüila, apenas alguns pontos da BR-153 que por ser pista simples o trânsito era mais pesado, com muitos caminhões e sem muitas possibilidades de ultrapassagens. Sobre o piso da via, considero como regular, com alguns trechos muito bons e alguns em estado de manutenção. Transitável claro.

Chegando ao restaurante, achamos um lugarzinho bem legal e já fomos ver o cardápio! Que fome, a viagem foi um ótimo aperitivo para se comer um peixe. Pegamos um prato mais modesto, pois com apenas duas pessoas comendo, pedir algo mais elaborado só iria nos deixar mais “sem recursos”, além de que iria sobrar!

Então, pedimos um peixe a milanesa! Maravilhoso!

Acompanhava o peixe uma porção de arroz branco, pirão e o peixe em si; pedi mais uma porção de purê de batatas e uma salada. Pronto, almoço servido.

Depois do almoço e de um sorvete, tiramos algumas fotos e voltamos para nossa cidade.

Vale a pena o passeio, lugar muito bonito do lado da hidrelétrica! Show!















sexta-feira, 10 de junho de 2011

MARCOS & ANTONELA - ENTREVISTA

Neste mês pedimos gentilmente o direito de postar uma entrevista dos amigos motociclistas Marcos & Antonela, entrevista esta realizada após sua viagem pelo Cone Sulamericano rumo ao Ushuaia-ARG.

Transcrevemos abaixo a entrevista.

Ótima leitura!

Como surgiu a idéia de realizar esta viagem?
Iniciei meio tarde no motociclismo, 2 anos antes dessa viagem, com 33 anos de
idade. E desde que comprei a minha primeira moto, uma Shadow 600, buscava
destinos interessantes para viajar de moto. E nesse processo, minha esposa-garupa
junto comigo, íamos curtindo nossas viagens. Aí em certo dia pensei: por que não
viajar para o exterior de moto? Por que não ir até o Uruguai de moto? Já que
estamos pensando em ir até o Uruguai, porque não ir até a Argentina? Já que
vamos até a Argentina, porque não descer até a Patagônia, mais ao sul? Se vamos
até a Patagônia, por que não conhecer a região dos Lagos e ir até o Chile? E se
vamos até lá, por que não ir até Ushuaia?
Foi assim, em poucos segundos, sentado e pensando, que se consolidou a idéia da
viagem. O que teria acontecido dentro de nós para que essa idéia se formasse tão
rapidamente, e nos propuséssemos a vencer esse desafio?

Qual o principal objetivo desta viagem?
A busca da realização do sonho.

Quanto tempo demoraram para organizar essa aventura?
A etapa de planejamento, que contemplou a aquisição de outro modelo de moto
(agora, uma DL 1000 V-Strom) e sua preparação (itens como bauletos, cavalete), a
aquisição do material individual adequado para a viagem (roupas e equipamento de
proteção), definição da bagagem, da rota e o estudo das informações e
conhecimentos necessários a viajantes que pretendem cruzar fronteiras e enfrentar
condições adversas em duas rodas: o intervalo entre a decisão de viajar e a saída
dos portões de casa durou 1 ano e meio.

Contaram com algum patrocínio?
Não.

Como escolheram o trajeto?
Do estalo inicial, da idéia primordial, de viajar para longe e para o sul através da
Patagônia até a cidade mais austral do mundo, estudamos os atrativos da região e
definimos como pontos de passagem cruciais a Península Valdez, Ushuaia, Parque
Torres Del Paine, El Calafate (cidade base para se visitar o Glacial Perito Moreno) e
a região dos Lagos. Depois, olhar no mapa e unir os pontos, definir os caminhos
pelas Rutas do Cone Sul, inserir destinos adicionais, como a visita à Casa de Che
Guevara em Alta Gracia. Desse projeto bruto inicial esculpir e dar forma a algo
executável dentro do período disponível, na forma de uma sequência de dias de
deslocamentos com dias de pausa para visitação dos pontos de interesse e
descanso, unindo a nossa casa a ela mesma através de uma alça de
aproximadamente 15 mil Km e de um hiato de 32 dias em nossas vidas.




Qual foi a preparação necessária para essa aventura?
Fora a preparação “material”, a preparação psicológica. Como administrar o medo e
a insegurança em nossas vidas? Jagunço Riobaldo já dizia que viver é muito
perigoso, e que em cada momento na vida a gente experimenta uma qualidade de
medo diferente. Inimigos como o frio, ventos patagônicos, rípio, locais desolados,
frio e ventos fortes e rípio em locais desolados, para depois de tudo perceber que o
maior inimigo está dentro de você mesmo.

Qual foi o peso de sua bagagem? Interferiu no rendimento, durante o
percurso?
Estimo que a bagagem (incluindo ferramentas, kit de reparo dos pneus, cilindro de
CO2, água) completa pesou cerca de 25 Kg. Montamos uma bagagem bem
resumida, pois viajávamos um casal na moto, e seguimos à risca o mandamento de
que todo excesso será castigado. Achamos melhor viajar mais leve e se virar para
conseguir consertar o pedal do câmbio que quebrou em uma queda (isso não
aconteceu, apenas um exemplo) do que levar outra moto desmontada na bagagem.
Para quase tudo, dá-se um jeito se você mantiver a cabeça fria.

Qual foi o ponto de partida? De qual cidade saíram e rumo a qual lugar?
De São Paulo para o sul, rumo à mítica Ushuaia, Fin del Mundo, cidade mais austral
do planeta.

Como a família encarou a sua saída?
Seria loucura a busca pelo sonho? Seria loucura apoiar a loucura da busca pelo
sonho? Ou seria loucura a vida sem o sonho?

Quanto tempo durou a viagem?
Concretamente falando, 32 dias. Honestamente falando, já está durando 1 ano e
maio (a partir do início da preparação você já começa a viajar), mais os 32 dias da
viagem completa, mais os 3 anos do pós-viagem, período também muito intenso da
viagem, pois pudemos reviver várias partes diversas vezes, compartilhar a
experiência com uma infinidade de pessoas e escrever um livro (sim, isso mesmo, a
Antonela escreveu um livro sobre a viagem: Na garupa de um motociclista... Até o
fim do mundo – acesse www.motoconesul.com). Estamos, dessa maneira, viajando
há mais de 4 anos e esperamos que a viagem ainda dure muito tempo...

Onde vocês dormiam? Fizeram camping? Ou fariam na próxima?
Dormíamos nas cidades, em hospedagens habituais (hotéis, pousadas, hostels).
Não fizemos camping. Pensando em dispor de um mínimo de bagagem e
equipamento para uma viagem de um casal com uma moto, onde a questão do
volume da bagagem é crítica, não acredito que faríamos camping em uma proposta
futura como essa.

Qual era alimentação? (restaurantes/cozinhavam/lanches)?
Não cozinhamos (eu e a Antonela não temos esse dom). Mas devo dizer que nesse roteiro se come MUITO bem. Cordeiro fueguino agridoce, centolla ou king krab (um caranguejão gigante que se pesca próximo aos polos), com destaque para a melhor experiência gastronômica que já tivemos: o restaurante La Reserva em San Martin de Los Andes (participante do Slow Food Movement – acesse www.slowfoodbrasil.com). Quem ler o livro vai ficar com água na boca...

Quantos km percorriam por dia?
A maior tocada foi me 1000 Km em um dia. Mas a média percorrida por dia de
viagem efetiva foi de 600-700 Km.

Qual foi o dia em que andaram por mais tempo?
Completamos o dia de 1000 km em pouco mais de 12 horas. Íamos com calma,
despacito, Isso porque na viagem, os deslocamentos na moto propriamente
constituiram o melhor da viagem: Digo: o real não está na saída nem na chegada:
ele se dispõe para a gente é no meio da travessia. (Jagunço Riobaldo – Grande
Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa).

O que achou do trajeto percorrido? Teve offroad ? O que achou ?
Quanto ao off-road estimo que rodamos cerca de 400 Km de rípio na jornada.
Quanto ao trajeto percorrido, a paisagem do sul do continente vale muito a pena.
Viajar, ver a paisagem mudar, o clima, a vegetação, o idioma, atravessar
fronteiras, com gentes, bichos e plantas diferentes. Se amanhecia num lugar, se ia
à noite noutro, tudo o que podia ser ranço ou discórdia consigo restava para trás.
Era o enfim. Era. (Jagunço Riobaldo)
A sensação de se estar no Enfim depois de uma longa etapa de sonho e
planejamento é muito gratificante.

Como eram as paisagens e locais previamente estudados ? Surpreenderam? O que mais surpreendeu em toda a aventura ?
Curiosamente, muitas pessoas acham inadequada a realização de viagens longas de
moto como essa, alegando que poderíamos ter visitado os mesmos lugares de
avião podendo aproveitar muito mais a viagem. Para eles eu respondo que, sem
dúvida, de tudo o que vimos, os momentos mais tocantes e as paisagens mais
belas foram vividos e vistas no lombo da moto. Sem contar, é claro, o prazer de
entoar o mantra da estrada e seguir em frente e em frente, como um peregrino.
Essa é uma boa palavra para descrever o nosso estado de espírito. Éramos
peregrinos, buscando algo lá longe para se chegar mais próximo de si mesmo:
O Risco da Aventura (Joseph Campbell)
Não precisamos correr sozinhos o risco da aventura, pois os heróis de todos os
tempos a percorreram antes de nós, o labirinto é conhecido em toda a sua
extensão. Temos apenas que seguir a trilha do herói e lá, onde esperávamos
encontrar um monstro, encontraremos um Deus; onde pensávamos matar alguém,
mataremos a nós mesmos; onde pensávamos viajar para o longe, viajaremos para
o centro da nossa própria existência; e onde pensávamos estar sozinhos,
estaremos na companhia do mundo inteiro.

Qual foi o destino máximo da aventura?
O Museu Cas Del Che, pois foi o último destino turístico da Expedição. Saindo de
Alta Gracia, onde fica o museu, foi só voltar para casa. Terminar a viagem com
uma visita à casa onde Che Guevara passou a infância foi muito emocionante.
Grande mito, médico como nós, um revolucionário, que também viajou de moto
pela América. Dedicamos a nossa viagem como um tributo à memória de Ernesto
Che Guevara.
E, é claro, a chegada a Ushuaia, sem palavras, não há como descrever a emoção.

Como foi a receptividade nos outros estados/países ? Qual mais gostaram?
O povo Argentino foi muito simpático e acolhedor, e foi na Argentina a maior parte
da viagem. Assim sendo, impossível ter gostado mais de outro povo.

Qual foi o melhor momento da aventura, o momento mais marcante?
A chegada e a travessia do Estreito de Magalhães de Ferry. Lembro muito disso
porque, na etapa de planejamento, diversas vezes me imaginava embarcando a
moto em Punta Delgada, no ferry, para o cruce da Primeira Angostura,
desembarcando a moto, enfim, na Terra do Fogo. Viver na realidade concreta um
momento tantas vezes imaginado traz consigo uma emoção muito intensa.
Imagine você avistando ao longe o Estreito, no fim do continente, relembrando as
aulas de geografia no colégio, aquele acidente geográfico tão imaterial e impalpável
agora ao alcance dos seus olhos e, dali a pouco, das suas mãos...

Qual foi o maior imprevisto durante esta viagem?
Voltando da Baia Lapataia, final da Ruta 3, em direção a Ushuaia, quando tivemos
que enfrentar neve, a qual cobriu o rípio com uma camada espessa que impedia o
deslocamento da moto, próximo ao anoitecer...
Frio, neve, estrada extremamente escorregadia, anoitecendo, sozinhos em uma
área florestal. E agora?

O que foi mais difícil durante a viagem?
A exigência dos deslocamentos no rigor climático patagônico: frio, ventos
fortíssimos, neve em alguns trechos na Terra do Fogo.

Quais temperaturas enfrentaram? Estavam preparados ?
Chegamos a enfrentar temperaturas negativas, o que levou a desconforto intenso
em vários momentos, apesar de estarmos adequadamente preparados.

O que poderia ter sido diferente?
Nada. Cada viagem, cada experiência, é única. Não penso em nada que poderia ter
sido diferente. Sinto grata satisfação e sentimento de missão cumprida que me
impedem de pensar no que poderia ter sido diferente. E cada vez que paro para
pensar no que vivemos, parece que aumenta essa sensação de gratidão e de
satisfação.

Como foi a volta da viagem? Em que dia começaram?
Quando se inicia a volta? Estranho, acho que ainda estou viajando... Onde estou
agora? Enquanto há vida, espero viver viajando, nessa e em outras viagens
passadas e nas que estão por vir, dentro e fora do mundo em duas rodas. O
futuro...
Não importa de que maneira, o importante é viajar.
O que muito viaja aumenta a sua sagacidade. Muitas coisas vi nas minhas viagens,
o meu conhecimento é maior do que as minhas palavras. (Eclesiástico 34, 10-11)

O que ficará para sempre em sua memória?
Cada milímetro percorrido e cada sentimento colecionado ao longo do trajeto, junto
à convivência que exercemos com nossos novos amigos que cruzaram nosso
caminho e que de alguma maneira mudaram nossos rumos. Tudo isso nos pertence
agora.
A gente principia as coisas, no não saber por que, e desde aí perde o poder da
continuação – porque a vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada.
(Jagunço Riobaldo)
Quantas lembranças de pessoas que remexeram e temperaram os nossos
caminhos, desde o início do planejamento!

Agradecimentos e outras perguntas relevantes que não foram cobertas
nessa pauta.

Agradecemos aos heróis de todos os tempos que desvendaram o labirinto para que
agora pudéssemos seguir a sua trilha: Che Guevara, Guillermo Godoi, Renato
Lopes, Ricardo Rauen e Mikka, Nelson Chardosin, Kátia e Maurício Alvim, Beto
Marshall, Ramon Schneider, Clodoaldo Turbay Braga, Marcos Vojciechovski, Cícero
Paes, Miragaia Rene Angelino, Gau, Julio Cesar Lima, Wandeis Ramalho Jr e tantos
outros que a memória agora, injustamente, deve ter se esquecido.
E agradecemos aos amigos que compartilharam a nossa aventura adquirindo o livro
da Antonela (Na garupa de um motociclista... Até o fim do mundo).
Para quem quiser maiores informações sobre a viagem ou sobre como adquirir o
livro, acesse:motoconesul.blogspot.com

Qual a próxima aventura ?
Já realizamos mais duas grandes viagens depois dessa. Uma para o norte do Chile e Argentina, região do deserto do Atacama, Peru e Bolívia (Lago Titicaca, Cuzco,
Machu Picchu, Nazca) e outra pelo sertão da vida e da obra de João Guimarães
Rosa. Maiores informações em motoconesul.blogspot.com

Obrigado Marcos & Antonela!
Grande abraço!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

GUARD-RAILS, SEGURANÇA PARA CARROS, MORTE PARA MOTOCICLISTAS

Na rede geral de rodovias os sistemas de proteção chamados de DEFENSAS METALICAS ou
como popularmente conhecidos como Guard-Rails, são fabricados em duas partes, a parte
superior consiste de uma franja longitudinal de aço galvanizado, a segunda parte é um perfil de aço em forma de H, fixado ao solo, o qual mantém as franjas longitudinais unidas entre si.

Este sistema de proteção foi idealizado se pensando exclusivamente nos veículos com uma carroceria de quatro ou mais rodas, sendo eficaz para suportar o impacto direto ou indireto sob determinadas velocidades, com o objetivo de evitar que o veiculo saia da estrada de forma a evitar um sinistro de maiores conseqüências e ao mesmo tempo proteger o condutor e demais ocupantes no interior do veículo, minimizando o impacto do veículo, ou as avarias na carroceria produzidas pelo choque do veiculo contra o guard-rail.

Do ponto de vista Técnico, os guard-rails tem sido idealizados como um elemento necessário para a segurança passiva de nossas estradas, ajudando a prevenir que um veículo saia a toda velocidade caindo por um barranco, ou invada a pista contrária em uma autovia, no caso de se perder o controle do veículo de duas rodas como uma motocicleta ou bicicleta, onde a principal carroceria não é outra coisa do que o corpo humano, chocar contra estes tipos de proteção provoca conseqüências fatais ou danos para a saúde do corpo do condutor e/ou do acompanhante.

O QUE OCORRE NO CASO DE UM ACIDENTE DE MOTO CONTRA O GUARD RAIL?

Muitos dos acidentes de motos que ocorrem nas rodovias tem como resultado conseqüências fatais para o piloto e acompanhante, e a explicação é muito estarrecedora, ao se produzir uma queda na moto, o condutor e/ou o acompanhante são jogados para fora da moto pela força da inércia e centrífuga. Nos casos em que o corpo do acidentado se desliza pelo asfalto, a forca do atrito o parará sem maiores conseqüências alem da abrasão e possíveis machucados no corpo como no exemplo do corpo do acidentado na foto abaixo.

Sempre que o piloto e seu acompanhante utilizem das indumentárias de segurança para
motociclistas, como capacete integral homologado, luvas, botas de couro, traje de couro ou cordura essa conseqüência é amenizada.
No entanto, quando em uma queda de moto existir uma barreira de proteção como são as
defensas metálicas "guaird rails" ou postes de placas de sinalização, se o corpo do condutor e/ou do acompanhante se chocarem contra esta proteção ainda que o piloto ou acompanhante estejam devidamente paramentados, de pouco lhes serve.
O impacto violento contra o guard-rail faz com que o PERFIL EM H ATUE COMO SE FOSSE
UMA GUILHOTINA OU CEIFADEIRA contra o seu corpo. As zonas mais afetadas geralmente são as extremidades do corpo como: braços, mãos, pernas, e cabeça, Sofrendo traumatismos ou politraumatismos que vão desde a ruptura dos ossos, a amputação de membros ou partes do corpo.

Estudos realizados demonstram que uma velocidade de 30 km/h é o suficiente para arrancar um membro ou partir a coluna vertebral. E o que é mais grave, estas barreiras de "segurança", provocam mais de 15% das mortes em acidentes de moto.

Na União Européia diversos países tem adotado já várias medidas para frear este tipo de acidente que tem como resultado muitas vitimas fatais entre os usuários com motocicleta. Para isso foram projetados vários tipos de proteções para cobrir os guard-rails. Entre elas as principais são barriletes de Poliespan que protegem as barras transversais ou perfis em H dos guard rails, que são as que atuam principalmente como o efeito guilhotina. Também existem outras proteções que
vão desde a PROTECAO COMPLETA DA PARTE INFERIOR DO GUARD-RAIL OU "DOBLE
BIONDA", consistindo de diversos materiais, como o poliuretano, madeira , plástico, etc.

Até agora, ESTE SISTEMA SE COLOCA COMO O MAIS EFETIVO DE TODOS, já que no caso
de acidente o corpo do piloto ou do passageiro não pode penetrar na parte inferior do guard rail golpeando-se violentamente contra o perfil vertical em H, com as conseqüências tão graves anteriormente citadas.

O GUARD RAIL IDEAL

A norma UNE 135 900 se encarrega de avaliar o dano que sofre nos ensaios especiais o
comportamento de um manequim ao se chocar contra um sistema de proteção de "doble Bionda" sob diversas velocidades.

O critério do Índice H.IC.H.I>C( HEAD INJURY CRITERIA- Critério de Injúrias na Cabeça) de um valor de 1 a 1000, sendo de 0 a 650 valor I e de 651 a 100 o valor II

PARA PASSAR NESTAS PROVAS

O sistema de proteção empregado não deve sob nenhuma circunstancia oferecer:
As partes fundamentais do sistema de proteção não fiquem amassadas ou sejam arrancadas. Que não existam elementos desprendidos com massas superior a dois quilogramas.
O COMPORTAMENTO DO MANEQUIM(DUMMY) NAO DEVE EM NENHUM CASO OFERECER:
CONTATO DIRETO DO MANEQUIM COM A ESTRUTURA do sistema de proteção.
Se produza intrusão, ruptura, ou corte do Manequim, Enganchamento do manequim com o sistema de proteção .O manequim não deve superar a posição do SPM( sistema de proteção Motociclista).

SISTEMA SPM-BASIC HOMOLOGADO NORMA UNE 135 900 PARA A PROTECAO
DOS GUARD RAILS


A empresa espanhola de sistemas de proteção básico oferece a primeira proteção em um
sistema continuo, não rígido, de absorção de impactos para a proteção de motociclistas e ciclistas que minimiza a forca de colisão e evita a saída por baixo das barreiras de segurança.

Ensaio realizado sobre o sistema de contenção BMSNA4/120 , segundo OC 321/95, este dito ensaio se realiza sobre a norma UNE 135 900-1,2.

O sistema Basyc trata de minimizar os efeitos dos impactos diretos contra a defensa e o guard rail tratando de evitar colisões diretas e seccionamentos de membros, por ser este um sistema continuo que atua pelo exterior do guard rail. O ótimo resultado advém do embalsamento que recebe o impacto absorvendo ao sujeito e reconduzindo-o no sentido da marcha, com o que evitando o efeito de tambor ou rebote , e o contato direto com o pilar.

O sistema Basyc a diferença de outros sistemas emprega uma malha ou tecido elástico.
Composta por uma serie de fios trancados por meio de uma determinada confecção que
proporcionam uma alta resistência ao impacto provocando uma grande quantidade de absorção de energia, a qual reduz paulatinamente a forca do golpe graças ã sua elasticidade.

Leva um processo complexo de tratamento superficial que evita as altas temperaturas que seproduzem com o impacto, permitindo por sua vez um deslizamento progressivo.
O tecido de material e ligamento compostos para uma alta absorção de energia de impacto na proteção de motociclistas nas barreiras de segurança sempre como componentes ou parte destes sistemas de proteções definidos no UNE 135900-1 e UNE 135900-2.

O resultado das provas obtidas no centro de homologação de um valor H.I.C ( HEAD INJURY CRITERIA- Critério de Lesões na Cabeça) de um valor de 1 a 1000. O sistema dá como resultado um valor de 58,75 colocando-se dentro do nível I de segurança.
A malha esta presa na parte inferior com um SUPORTE DE SAPATA. São duas pecas unidas por soldaduras feitas de estamparia, partindo de uma chapa de 3 ou 4 mm de espessura e realizando um processo injetado de todas as suas arestas a fim de evitar qualquer tipo de canto cortante.

Seu tratamento externo foi realizado no galvanizado a quente.

SISTEMA HIASA SPM-S4 HOMOLOGADO COM A NORMA UNE 135 900 PARA A PROTECAO DOS
GUARD RAILS


A empresa espanhola Hiasa oferece um sistema homologado de "double bionda" para
proteger a parte inferior dos guard rails esta empresa realizou a apresentação deste
sistema as proteções superaram os ensaios estabelecidos pela norma AENOR UNE
135900, norma que foi criada no ano 2003 para a elaboração de um estudo para o
desenvolvimento de medidas de segurança nos guard rails.

SISTEMA SPM -S4

Os resultados das provas obtidas com o sistema fabricado pela empresa hiasa o spm-s4 no centro de homologação de cidaut com os valores no índice hic( head injury criteria- critério de lesões na cabeça) de um valor de 1 a 1000 , o sistema dá como resultado um valor de 178 para o choque contra o pilar e um valor de 93 para o impacto no centro do vão, estando dentro dos limites correspondentes a classe mínima de segurança( nível i).


guard-rail na Itália


guard-rail na França


simulação de um motociclista atinguindo um guard-rail


sistema Basyc, Espanha


Dani Pedrosa (MotoGP) em campanha por guard-rails seguros para motociclistas


perfis metálicos dos guard-rails atuais

Assine o abaixo-assinado para a mudança dos guard-rails utilizados no Brasil!!!

Assine AQUI!

FINALMENTE, HOJE COMEÇA A TEMPORADA DA MOTOGP

Finalmente, depois de um longo inverno, as emoções da MotoGP retornam na data de hoje, com o GP do Qatar, direto do circuito de Losail, a ún...