quarta-feira, 25 de maio de 2011

USAR CAPACETE DIMINUI CHANCES DE LESÃO NA COLUNA



Um estudo Norte-americano diz que motociclistas que usam capacetes reduzem o risco de sofrer lesões na espinha.

O estudo, conduzido pelo Dr. Adil H. Haider, um professor assistente de cirurgia na Johns Hopkins Univesity School of Medicine, na cidade de Baltimore, analisou mais de 40 mil acidentes de moto entre os anos de 2002 e 2006 e descobriu que aqueles que usavam capacetes tinham menos 22% de chance de sofrer uma lesão na espinha.

A pesquisa também descobriu que aqueles que estavam de capacete tinham menos 66% de chance de sofrer um traumatismo craniano e mais 37% de chance de sobreviver em comparação com aqueles que não utilizam capacete.

Nos últimos 15 anos, vários estados norte-americanos revogaram suas leis da obrigatoriedade do uso do capacete devido às ações dos anti-capacetes, que afirmam que um estudo de 25 anos afirma que o peso do capacete aumenta o risco de lesão na espinha.

fonte: MOTO

quarta-feira, 18 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO - EDUCAÇÃO PARA A VIDA



Diariamente e infelizmente nos deparamos com alguma situação de desrespeito no trânsito. Carros avançando sinal, parando por sobre a faixa de pedestres, fechando motociclistas e ciclistas, conversões sem darem seta, teimosia em andar na faixa da esquerda no modo "passeio"... são vários os casos de desrespeito, e vemos isto com todos os tipos de veículos.

Estou escrevendo este post pois hoje estava parado em uma rodovia que liga o Mato Grosso do Sul à São Paulo (rodovia que passa sobre a UHE Souza Dias - Três Lagoas/MS), pois alguns operários estavam dando manutenção na faixa onde estava. Ótimo, até aí todos parados e esperando o sinal do fiscal para avançarem pela outra faixa.

Num total ato de despreparo, falta de educação e tolice, eis que vem um motorista a bordo de seu carro ultrapassando todos (neste trecho da rodovia é proibida a ultrapassagem em quaisquer das faixas) e entrando lá na frente, atrás de um caminhão! E o infeliz estava ainda a uns 7 carros atrás de mim - passou por mim e por todos e foi parar uns 300 metros a minha frente.

Que situação! Estava com meu carro. Fervi de raiva! Quando ele começou a manobrar seu carro, percebi pelo retrovisor. Pensei em colocar o meu carro no meio da rodovia, só pro cara ter de parar; mas aí também estaria errado.

Que apenas este lambão fique com as orelhas ardendo. Eu não.

Agora, quem nunca passou por situação igual ou até pior que esta no trânsito? Onde está o erro da educação no trânsito em nosso país?

Na minha humilde opinião, esta educação - gentileza, cordialismo, humildade, paciência, etc. - deveria ser desenvolvida e cultivada desde a creche, passando pelo ensino fundamental e médio. Não adianta num curso de formação de condutores de uma semana querer moldar as atitudes de alguém, coisa que foi moldada desde a sua infância.

Infelizmente, sem uma melhora no nosso ensino acho trágico nosso presente e futuro no trânsito. É a lei de Gérson no trânsito. Tenso!

E lembrem-se da Negligência, Imprudência e Imperícia!

domingo, 15 de maio de 2011

FAZEDORES DE CHUVA



Fazedores de Chuva é como são apelidados todos os motociclistas que concluem viagem entre os dois pontos mais extremos do continente americano: atinguir a cidade de Ushuaia, na província argentina da Terra do Fogo e depois rumar ao norte, até alcançar Prudhoe Bay ou Fairbanks, no estado norte-americano do Alasca - ou em sentido oposto, claro!


pontos aproximados dos locais a se atinguir

São aproximadamente 60.000 km a se percorrer, passando por quase todos os países de nosso continente: América do Sul, Central e do Norte; percursso este que pode ser realizado em uma média de 200 dias!

Muitos motociclistas já conseguiram este feito e são verdadeiros "Fazedores de Chuva" por esta incrível conquista!

Atualmente o brasileiro Policarpo Jr., do RockRiders está empreendendo tal façanha. Você pode acompanhar o dia-a-dia desta grande aventura em seu site.

Difícil? Sim. Impossível? Não!

Boa sorte ao amigo Policarpo Jr.!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

FIQUE ATENTO AOS PNEUS REMOLD



O CONTRAN baixou uma nova resolução proibindo o uso de pneus reaproveitados em motocicletas. Veja o texto abaixo:

RESOLUÇÃO Nº 376 , DE 06 DE ABRIL DE 2011.

Revoga a Deliberação nº 63, de 24 de abril de 2008, do
CONTRAN que suspendeu a vigência da Resolução nº
158, de 22 de abril de 2004, do CONTRAN, que proíbe
o uso de pneus reformados em ciclomotores,
motonetas, motocicletas e triciclos, bem como rodas
que apresentem quebras, trincas e deformações.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o artigo 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; e Considerando a decisão judicial proferida nos autos da Apelação Cível nº 1801- 58.2006.4.01.3400, em trâmite no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a qual considerou legítima a Resolução nº 158, de 22 de abril de 2004, do CONTRAN, rejeitando o pedido de nulidade da citada norma;

RESOLVE:


Art. 1º Revogar a Deliberação nº 63, de 24 de abril de 2008, do CONTRAN e, por
conseguinte, restabelecer os efeitos da Resolução nº 158, de 22 de abril de 2004, do CONTRAN, que proíbe o uso de pneus reformados em ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos, bem como rodas que apresentem quebras, trincas e deformações.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

O descumprimento do disposto nesta Resolução, sujeitará o infrator às sanções previstas no Art 230, inciso X da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 - ou seja - infração GRAVE, penalidade MULTA e medida administrativa RETENÇÃO DO VEÍCULO PARA REGULARIZAÇÃO.

Não corra este risco! Sua vida vale mais que a economia desses pneus!

terça-feira, 10 de maio de 2011

ESTE VÍCIO É SAUDÁVEL. PERMITA-SE!



O jornal o Estado de S.Paulo publicou recentemente uma matéria muito interessante chamada “Vida na Cidade. Mais carros, as mesmas vias”, dos repórteres Bruno Paes Manso, Rodrigo Brancatelli e Flávia Tavares. Segundo a reportagem, neste mês a frota paulistana chegará a impressionantes 7 milhões de veículos (carros, motos, caminhões e ônibus) disputando espaço nos 17 mil quilômetros de vias pavimentadas. Um detalhe: na década de 1970, havia 965 mil veículos para 14 mil quilômetros de ruas e avenidas. Ou seja, nos últimos 40 anos, enquanto a frota aumentou 725%, o de ruas cresceu apenas 20%. Precisa dizer mais alguma coisa? É evidente que os engarrafamentos vão bater recorde atrás de recorde.

O transporte coletivo poderia ser uma solução, entretanto, a grande maioria que possui automóvel nem cogita a possibilidade de deixá-lo na garagem para ir trabalhar de ônibus ou metrô. E quer saber, não posso criticá-los por isso. É muito melhor enfrentar os engarrafamentos no conforto do seu automóvel do que passar o mesmo tempo em pé, em um ônibus caro, desconfortável, muitas vezes sujo e invariavelmente superlotado. No metrô, além da superlotação, o grande problema é a pequena malha, que não atende regiões onde moram milhões de pessoas. Por isso, responda sinceramente: dá para culpar quem não abre mão do seu carro? Eu acho que não.

Bom, se andar de carro pela cidade é um tormento e o transporte público é torturante, porque não optar pela motocicleta? Acostumado à agilidade da moto, costumo comentar com meus amigos que não entendo como algumas pessoas conseguem passar, todos os dias, duas, três horas por dia em engarrafamentos só para ir e voltar do trabalho, mas, na verdade, entendo perfeitamente. Muita gente tem medo de moto.

Além de já existir um preconceito generalizado (preconceito no sentido literal da palavra), na imprensa, são raras as matérias que envolvem motos e não são pejorativas. Responda com sinceridade: alguma vez você viu uma reportagem mostrando as motocicletas como uma solução para o trânsito nas televisões abertas? Duvido.

No máximo, como fizeram há alguns meses em um Globo Repórter, utilizam um bloco do programa mostrando o esforço diário de um motoboy para conseguiu manter uma casa e criar os filhos trabalhando com a moto, enquanto destinam o resto da matéria para falar dos amigos que ele perdeu em acidentes, dos ossos quebrados e do fato de se orgulhar de nunca ter entrado em um carro de resgate. Claro, tudo intercalado com imagens de retrovisores sendo chutados e outras barbaridades no trânsito, praticadas por alguns animais que andam por aí em motos e que são os responsáveis pelo péssimo estereótipo dos motociclistas hoje… mas esse é um assunto que quero abordar outro dia.

Enquanto as coisas forem assim, não adianta: mesmo que eu convença meu vizinho a comprar uma moto e deixar o carro em casa, basta ele ligar a televisão à noite ou ler o jornal pela manhã para esquecer a ideia de tornar-se motociclista.

Ainda bem que há exceções, como é o caso do jornalista Celso Miranda. Autor da coluna “Moto na Cidade” (www.celsomiranda.com.br), Celso fala frequentemente para os ouvintes da rádio Sul América Trânsito 92,1 FM sobre os benefícios da utilização de motos na cidade, segurança e dicas de pilotagem. Infelizmente, entre os jornalistas que tem voz em algum grande meio de comunicação, é um dos únicos com embasamento prático e teórico para falar com propriedade sobre motocicletas.

Não conheço ninguém que tenha se arrependido de comprar a primeira a moto, pelo contrário. Sei de muita gente que comprou uma moto pequena pensando apenas em ter um meio de transporte econômico e prático para o dia a dia e, pouco tempo depois, partiu para um modelo maior já pensando em viagens com os novos amigos. Outros fazem o inverso comprando uma moto “só para os finais de semana” (muitas vezes com medo de andar no dia a dia), mas poucos meses depois compram uma segunda moto, menor, para tornar-se motociclista em tempo integral. Por isso digo, permita-se. Tendo acesso a informação de qualidade sobre segurança, sabendo escolher aquele modelo que melhor atenda as tuas necessidades e pilotando com responsabilidade, é perfeitamente possível conciliar todos os benefícios que só uma motocicleta pode trazer a tua vida sem correr riscos desnecessários. Acredite.

Parafraseando o Maluf: Compre uma moto. Se você não gostar ou tua vida não mudar para melhor, nunca mais entre neste site.

fonte: BestRiders

domingo, 8 de maio de 2011

TUDO O QUE É BOM MERECE REPETECO!

E foi com este espírito que mais uma vez fomos nos deliciar com as míticas coxinhas de Bueno de Andrada, no sábado dia 7 de maio!

A muito tempo um amigo tem vontade de conhecer esta delícia, mas nunca existia oportunidade para ele me acompanhar nos dias em que eu ia para Bueno.

Finalmente, o dia chegou! O dia em que mais uma pessoa iria conferir se a fama da Mercearia Freitas era verdadeira, se os seus deliciosos salgados de massa de mandioca realmente eram dourados e inigualáveis...

Bacalhau, 4 Queijos, Carne Seca e pra finalizar Frango com Catupiry, acompanhado com uma nobre e gelada Coca-Cola...

No final, nada de surpresas! Ele concordou que as coxinhas douradas de Bueno de Andrada são únicas!

Apenas minha nomorada saboreou tranquilamente duas coxinhas, eu e meu amigo Diego comemos as quatro citadas acima (4 cada um, rsrsrs).

Também foi uma oportunidade para a minha namorada estrear a sua jaqueta, uma Revolt!

E esse foi o passeio de fim de semana! Básico, como todos os outros!!!
























terça-feira, 3 de maio de 2011

SOBRE O ATUAL VALOR DA GASOLINA



Vale a pena ler os artigos abaixo, retirados do blog Fatos e Dados da Petrobras:

Gasolina nas refinarias Petrobras: R$ 1,05 desde 2009; aqui

Leia nota de esclarecimento da Petrobras Distribuidora; aqui

Preço da gasolina: mitos e verdades; aqui

domingo, 1 de maio de 2011

DOIS EM DUAS - ENTREVISTA

A partir deste post teremos em determinados meses do ano algumas entrevistas com motociclistas que percorreram trechos inusitados e fantásticos!

A primeira entrevista do Motoviagens na Net é de um "quase" conterrâneo meu, o André Carrazzone e sua namorada Chris, que no final de 2010 concluíram uma viagem até o Ushuaia-ARG.

Vamos então a entrevista!!!

Olá André! Antes de tudo, nos conte um pouco sobre você.
Sou natural de São José Rio Preto/SP, tenho 39 anos e ando de moto desde os 12. Meu pai era motociclista também. Sou formado em Engenharia Mecânica e trabalho no ramo de confecções. Tenho uma confecção em São José do Rio Preto com 20 anos de história e há 2 anos fazemos também um produto para motociclistas, www.go100.com.br.
Sou separado e tenho 2 filhos. A Chris é minha namorada há 5 anos.


Quando o motociclismo começou a despertar o seu interesse?
Sempre estive rodeado de motos. Pai, primos, cunhado e quando tive a primeira oportunidade de andar, fui em frente e adorei. Entrou no sangue! Meu pai me deu minha primeira mobilete quando eu tinha 14 anos.
No início era só aquela febre. Andar pelas avenidas de São José do Rio Preto, depenar a moto, hehe! Depois comecei a me interessar por viagens, competições e pelo moto-turismo por fim.
Competi na modalidade Enduro por uns 8 anos e, depois em Rally de carro, onde conheci a Chris, que era navegadora do pai. Começamos a namorar há uns anos e descobrimos essa vontade em comum.


A sua primeira viagem de moto teve qual destino? Ela foi boa?

Olha só, não me lembro exatamente da primeira, já que sempre fui de sair da cidade, mas me lembro de uma que fiz, quando morava em Goiânia/GO, com uma GS500 que tinha na época. Foi bem pertinho, acho que uns 400km, somente bate e volta, só para ver como era. Foi excelente apesar da pouca experiência e falta de equipamentos, na época.

O Ushuaia-ARG era um sonho seu, em chegar lá de moto? Quanto tempo você sonhou com esta realização?
Ushuaia é uma viagem que penso ser uma meta para vários motociclistas. Tinha vontade de ir pra lá sim há algum tempo, mas nada muito forte.
Estávamos planejando uma outra viagem, mais “romântica” quando fizemos uma visita à um aventureiro numa feira em São Paulo, capital. O cidadão tinha tantos feitos, tantos kms percorridos, que decidimos de pronto, eu e a Chris pela viagem mais “punk” possível para nós naquele momento. E assim surgiu a ideia de Ushuaia.


Bom, nós sabemos que em uma viagem desta magnitude o planejamento deve ser minucioso. Ele tomou quanto tempo seu?
Posso afirmar que é a parte mais importante e a que mais gosto de fazer. Do mapeamento até a bagagem, eu adoro preparar tudo. O máximo possível, a maior previsão dos acontecimentos possíveis para que tudo corra bem.
No meu caso, com a Chris, como viajamos sozinhos, tenho que me preparar bastante no sentido de que nada possa ocorrer e eu não estar preparado.
Normalmente começo a planejar uma viagem desse porte com uns 6 meses de antecedência, e foi assim nesta. Sempre discutindo tudo, eu e ela, trocando o máximo de informações com os órgãos oficiais dos países que passaríamos, pegando informações com amigos que já haviam feito tal passeio, enfim, curto muito essa parte da viagem. Dizem que a viagem começa nessa fase e eu acredito e sou prova disso!




Nesta viagem você foi acompanhado pela sua valente companheira, a Chris. Gostaria de saber dela quando ela começou a se interessar pelo mundo das duas rodas.
Gosto de moto desde a adolescência, na época que meus amigos todos tinham, mas meus pais me proibiam de ter moto. Só “aconteceu” mesmo em 2007, quando ganhei do André um capacete de presente no Dia dos Namorados. Ele também me ajudou a escolher a primeira moto e as que vieram depois.

Conte-nos um pouco sobre você Chris.
Nasci em Campinas onde moro até hoje. Tenho 34 anos, me formei em Biologia e atualmente tenho uma empresa de equipamentos e acessórios para ginástica, a Cepall www.cepall.com.br.

Vocês se conheceram graças a este hobby?
Nos conhecemos graças à outro hobby, o Rally de carro. A Chris navegava para o pai e nós competíamos na mesma categoria.

Chris, quem teve a idéia de realizar esta façanha em motos separadas, dois em duas?
A idéia surgiu naturalmente, pois já andamos em duas motos há 4 anos.

Você ficou apreensiva no começo, por ir pilotando uma moto rumo a um destino tão longe?
Claro, em todas as viagens fico com aquele “frio na barriga”, mas fiquei mais apreensiva por estar numa moto que não estava acostumada do que a viagem em si. Nós costumamos planejar bastante, o que nos deixa mais tranqüilos.

Ficou preocupada com o problema na relação de sua moto?
A relação teve um desgaste acima do esperado, mas a possível troca estava no nosso planejamento. Tínhamos uma listagem de todas as concessionárias Honda no trajeto que faríamos.

Chris, você é uma das primeiras mulheres motociclistas a chegar ao “fim do mundo” pilotando. O que você diria as mulheres?
Fui uma das várias mulheres que já chegaram ao “fim do mundo” em sua própria moto. O que recomendo é planejamento, preparação física e psicológica e durante a viagem muita determinação, paciência e bom senso, lembrando que o objetivo é a diversão.

Qual foi a sensação ao chegarem em Ushuaia-ARG?
Eu diria melhor: a sensação de chegar à Tierra Del Fuego. A paisagem muda nesse ponto. Até então era somente estepes, poucos animais e vento absurdo. Depois da passagem pelo estreito de Magalhães, tudo muda. A sensação de planejamento cumprido é excepcional. De ter chegado aonde muita gente não chegou, passado por dificuldades juntos, medos, obstáculos... é muito legal!

E o que vocês falam sobre os nossos irmãos argentinos? Simpáticos? Tiveram algum tipo de problema com a polícia argentina?
Os Argentinos são um povo maravilhoso! Sempre muito atenciosos, hospitaleiros, sempre querendo ajudar, dar dicas, conversar, são pessoas ótimas.
Na província de Buenos Aires é um pouco mais difícil, acredito que seja até por existir muito turismo por lá. O pessoal é um pouco mais fechado, mais ríspido, mas no resto do país é maravilhoso. Tenho muito amigos por lá e a Chris tem família em Buenos Aires.
A imagem da Argentina aqui no Brasil, principalmente relacionada ao futebol é ruim, mas como não gosto de futebol, nem imagino o que conversar sobre o assunto, não passo aperto!!!
Os policiais são muito solícitos, atenciosos, dispostos à ajudar e respeitosos. Lógico que tem suas exceções como em todos os países, mas na maioria que encontramos foram ótimos.
A Polícia lá é dividida basicamente como a nossa, em federais, estaduais e municipais, vamos dizer assim. A polícia deles que equivaleria a nossa Federal é a Gendarmerie. Estes são nota 1000, muito respeito e atenção aos turistas, em todos os aspectos.
Pense assim: a Argentina vive uma situação econômica tão difícil e desequilibrada quanto o Brasil; imagine que eles não ganham um super salário, nem estão super felizes com o excesso de trabalho, então, temos também que entender a situação e ter um pensamento solidário antes de simplesmente falar mal de qualquer que seja a profissão.

Durante a viagem, vocês cruzaram com outros motociclistas que estavam em viagem semelhante?
Sim, sempre encontramos outros motociclistas. Nesta encontramos muitos brasileiros e gostamos de ver, durante o trajeto, os adesivos nos postos de gasolina, dos que já passaram por ali. Vê-se gente de todas as partes, conhecidos e anônimos, é sempre muito legal!
Encontramos em Trelew–ARG um grupo de 3 motos que saiu de Campinas no mesmo dia que a gente, rumo ao Ushuaia, e iriam encontrar as esposas em Rio Gallegos–ARG. Que baita coincidência. Encontramos também, lá em Ushuaia, um casal do Rio Grande do Sul e um motociclista de Botucatu/SP, o Gaspar.


Bom, quais foram os momentos mais difíceis que vocês enfrentaram nesta jornada?
Penso que o vento na Patagônia argentina seja unanimidade entre nós. É bem complicado andar com vento lateral forte o tempo todo, dias e dias seguidos, calculando as ultrapassagens, locais seguros para as paradas e tudo o mais.

E quais foram os melhores momentos?
Para mim, ver o Glaciar Perito Moreno, em El Calafate, foi uma experiência maravilhosa. Gosto de ver a natureza em suas maiores exposições. Foi lindo!
Sem dúvida, o Glaciar nos deixou de queixo caído. É muito impressionante. Gostei também de observar a vida marinha da região: elefantes marinhos, pingüins e as baleias franca-austral.


Esta é uma pergunta que muitos tem a curiosidade de saber: gasta-se muito dinheiro em uma viagem dessa magnitude?
Depende do planejamento e do que pretende no passeio. No nosso caso, estamos acostumados à andar o dia todo, usando por exemplo os hotéis somente como pouso mesmo. Se tiver piscina, sauna, jantar e etc., optaremos por outro pois não vamos usar esses serviços. Costumamos nos concentrar na estrada, nos passeios entre as cidades, lógico com algum conforto sempre. Mas posso lhe afirmar que gastamos bem pouco em nossas viagens.

André e Chris, quais dicas e conselhos vocês podem dar aos motociclistas que pretendem fazer esta viagem?
Planejamento, conhecimento do trajeto, preparação da moto, preparação física e psicológica do piloto, bom senso e humildade.
Gostamos de andar somente nós dois e traduzindo isso, acredito que grupos grandes não seja uma boa ideia para viagens desse porte. Recomendo fazê-la com gente muito conhecida, que saiba seus limites, que não precisa mostrar suas habilidades pra ninguém e que tenha os mesmo objetivos.


André, Chris, muito obrigado pela entrevista e mais uma vez parabéns por esta realização!

Você pode acompanhar como foi esta viagem no blog Dois em Duas!

FINALMENTE, HOJE COMEÇA A TEMPORADA DA MOTOGP

Finalmente, depois de um longo inverno, as emoções da MotoGP retornam na data de hoje, com o GP do Qatar, direto do circuito de Losail, a ún...