sexta-feira, 12 de agosto de 2011
KIT BÁSICO PARA 2 RODAS
Além de ser um piloto responsável, sua segurança depende também da qualidade, da conservação e do uso correto dos equipamentos essenciais para motociclistas. Veja se você está em dia com todos eles:
CAPACETE
Representa o principal item de segurança do motociclista, pois mais de 50% dos óbitos em acidente de moto são resultado de lesões graves na região crânio-encefálica. Hoje existem centenas de modelos disponíveis no mercado, com preços que variam de R$ 50 a R$ 3 mil. Nem sempre o valor está diretamente relacionado à qualidade ou capacidade de proteção. Os itens que devem ser observados na escolha do capacete são:
• Tamanho – o capacete de motociclista precisa vestir de forma bem justa, porque se estiver folgado a ação do vento irá deslocar o equipamento, podendo até impedir a visão. Não pode mexer na cabeça, nem em alta velocidade. Quando o capacete começa a ficar folgado é hora de substituí-lo.
• Viseira – só adquira capacetes com viseira antirrisco. A viseira deve ter mais de 1 mm de espessura e ser de cor clara (cristal). Só é permitido o uso de viseira escura se tiver a observação “Day light use only” (uso apenas na luz do dia).
• Fecho – pode ser de engate rápido ou de argolas. O sistema de engate rápido é mais prático, porém sujeito a desgaste. Já o sistema de argolas duplas tem durabilidade quase permanente, porém é mais trabalhoso de manipular. É importante manter o capacete sempre bem afivelado e com a tira ENCOSTANDO na pele de pescoço. Não pode haver folga! Capacete desafivelado oferece a mesma proteção de um boné!
• Material – basicamente são dois tipos: plástico ou fibras sintéticas. Pelas características de fabricação, os capacetes com calota de plástico são mais baratos (quanto maior a escala de produção, menor o custo). Porém pelo tipo de material oferece uma característica de efeito-mola que faz o capacete “quicar” no solo como uma bola de basquete. Já as calotas de fibra de vidro ou compostos de kevlar e aramida, são fabricadas em processo quase artesanal, em pequena escala (por isso são mais caros). Oferecem menor efeito-mola ao impactar com o solo e resistem a mais de um impacto no mesmo local. Ou seja, a fibra tem a capacidade de se reconstituir mais rapidamente do que o plástico.
• Durabilidade – Recomenda-se a troca de capacete a cada cinco anos, ou logo após algum impacto (queda). O estireno (isopor) interno não tem efeito-memória. É um material que amassa com o uso normal e não recupera as dimensões originais. Isso significa que o capacete ficará folgado apenas com o uso e deverá ser trocado. Capacete descartado deve ser inutilizado para impedir o reuso por outro motociclista. Não se compra – nem se vende – capacetes USADOS.
• Tipos – os capacetes abertos (chamados de Jet) devem ser usados acompanhados de viseira ou óculos de proteção. Não oferece proteção da região face e expõe o rosto a lesões graves. Os capacetes basculantes (conhecidos por “robocop”) são versáteis, no entanto são mais frágeis em relação ao integral e o mecanismo pode se abrir durante uma queda. O modelo mais indicado é o integral (fechado) com viseira. Jamais use modelos chamados de “coquinho”, pois são ilegais e não oferecem proteção.
• Manutenção – guarde o capacete sempre com a viseira aberta para ventilar e evitar a formação de mofo. A forração interna é removível para ser lavada. Use apenas sabão neutro. No casco use sabão neutro e cera polidora. Não pinte o capacete em qualquer oficina, procure apenas ateliês especializados em capacetes. Na viseira use lustra-móveis para a água deslizar nos dias de chuva. Troque a viseira quando estiver muito riscada. Existem produtos antibactericidas em spray que eliminar o mau odor e esterilizam a parte interna do capacete.
LUVAS
Nem é preciso ser muito observador para saber a importância das mãos. São elas que garantem nossa mão-de-obra e nosso sustento. Pela dinâmica dos acidentes, é normal o motociclista se proteger com as mãos. Por isso as luvas precisam ter proteções tanto na palma da mão quanto na parte superior. A pele dos dedos são de difícil restituição e se houver perda de material provavelmente o motociclista perderá o movimento dos dedos. Uma boa luva de couro precisa ter:
• Material resistente – o melhor material ainda é o couro. Azar dos bois...
• Costura dupla – é como um back-up da costura;
• Proteção rígida na parte superior – são aquelas placas de plástico sobre os dedos
• Dois velcros – um para regular a folga por cima do casaco e outro para fixar a luva no punho e impedir que saia em caso de atrito.
BOTAS OU CALÇADO RESISTENTE
Durante uma queda o corpo do motociclista sofre uma enorme onda de choque que se espalha e termina nas extremidades. Por isso é comum os calçados serem arremessados. Vítimas de atropelamento invariavelmente chegam aos hospitais sem calçados. No caso dos motociclistas tudo que não pode acontecer é ver seus calçados saírem voando e expor os pés ao impacto. As botas garantem que ficarão presas aos pés e ainda limitam a movimentação de pés e tornozelos durante a queda. Já existem calçados para trekking que se adaptam muito bem ao uso motociclístico.
CASACOS E MACACÕES
A pergunta mais freqüente é: qual a diferença entre couro e material sintético?
Couro – por ser um material orgânico de origem animal, o couro tem características semelhantes à nossa pele: tem poros, elasticidade e grande resistência à abrasão. Porém o couro absorve água e, quando molhado, aumenta demais o peso do conjunto. O ponto de fusão é muito alto e oferece pouca resistência ao vento, mas é mais pesado que a fibra sintética.
Material sintético – erroneamente chamado de Cordura (marca registrada da Dupont), os equipamentos sintéticos de poliéster são mais ventilados, impermeáveis e repelentes de água. Porém têm ponto de fusão baixo, ou seja, em caso de calor gerado pelo atrito com o solo, o poliéster derrete e se abre, expondo a pele do motociclista. Por isso é importante ter proteções internas de plástico EVA. Graças ao forro interno pode servir tanto para uso no calor ou no frio.
Macacões – existem modelos integrais e divididos em duas peças. O modelo dividido é mais versátil por permitir o uso apenas do casaco ou da calça separadamente. Porém, o zíper é um ponto vulnerável pois em caso de atrito com o solo pode abrir, expondo a pele do motociclista. Ao provar um macacão de couro, o motociclista precisa ficar de cócoras para saber se ficará apertado quando se posicionar na moto. É importante que o macacão tenha tiras de elasteno (elástico) para ficar justo à pele e evitar panejar com a ação do vento em alta velocidade.
Manutenção – qualquer item de couro deve ser limpo apenas com sabão neutro ou produtos especiais para calçados. Após chuva, seque à sombra e passe creme hidratante (de gente mesmo!). Para acabar com o ranger de botas, use vaselina líquida.
OUTROS
Protetor de coluna
Hoje em dia é um equipamento muito usado nas pistas, mas pouco usado nas estradas. Ele protege as vértebras e a coluna lombar. Com a vantagem de a cinta abdominal obrigar a manter uma postura mais ereta. Indicado para viagens em esportivas, trails e nakeds. Para motos custom torna-se desconfortável.
Protetor de pescoço
Apesar de proibido, é comum o uso de vidro moído em linhas de pipa (cerol). Em algumas motos não há local para instalação de uma antena anti-cerol, por isso existe um equipamento feito de neoprene com cabos de aço internos. É aconselhável para quem roda em periferia.
Capa de chuva
Mesmo no calor é sempre aconselhável ter uma capa de chuva por perto. No inverno a chuva pode se tornar uma grande inimiga. O vento frio em contato com o corpo faz a sensação térmica cair abaixo de zero grau. Em pouco tempo pode levar o motociclista à hipotermia.
fonte: webmotors.com
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