sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

LICENCIAMENTO 2011 PARA ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL




PORTARIA “N” Nº 013, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2010.

“Fixa o Calendário Anual de Licenciamento de veículos conforme abaixo discriminado
e dá outras providências”.


O Diretor-Presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do
Sul – DETRAN-MS, no uso de suas atribuições legais, e
CONSIDERANDO o que dispõe a Resolução Nº 110/2000, de 24 de fevereiro de
2000, do CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, referente à fixação de calendário
para renovação do licenciamento anual de veículos.
RESOLVE:

Art.1º Estabelecer Calendário Anual de Licenciamento de Veículos do Estado de
Mato Grosso do Sul, de acordo com o final de placas, para o Exercício de 2011.

PLACA FINAL MÊS PLACA FINAL MÊS
1 Janeiro 6 Junho
2 Fevereiro 7 Julho
3 Março 8 Agosto
4 Abril 9 Setembro
5 Maio 0 Outubro


Art.2º -Esta portaria entrará em vigor a partir de 1º de Janeiro de 2011.

Campo Grande (MS), 27 de Dezembro de 2010.

Carlos Henrique dos Santos Pereira
Diretor Presidente

FONTE: http://ww1.imprensaoficial.ms.gov.br/pdf/DO7855_28_12_2010.pdf

LICENCIAMENTO 2011 PARA ESTADO DE SÃO PAULO




PORTARIA DETRAN Nº 2003, de 28-12-2010
(PUBLICADA EM 30/12/2010)



Estabelece o calendário anual para o licenciamento de veículos no exercício de 2011 e dá providências correlatas

O Delegado de Polícia Diretor

Considerando o que dispõem os artigos 130 e 131 do Código de Trânsito Brasileiro e os critérios estabelecidos pela Resolução CONTRAN n° 110/00 para o escalonamento de veículos;

Considerando as regras do Sistema de Autenticação Digital, previstas na Portaria CAT/DETRAN nº 001/00;

Considerando as regras da Portaria nº 129/SVMA-G/2010 da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente;

Considerando as disposições contidas no Decreto Estadual nº 56.399, de 17-11-10, que fixa calendário para pagamento de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores-IPVA e estabelece regras para o sistema de licenciamento eletrônico antecipado relativamente ao exercício de 2011;

Considerando a imprescindível necessidade em padronização no tratamento e fiscalização à abrangência dos conceitos das espécies automóvel e caminhão, bem como rudimentos lançados no precedente em parecer despachado no protocolo
CAT/SP nº 12191-873701/2009 e DETRAN/SP nº 345561-0/2009;

Considerando, por derradeiro, as regras do Decreto Municipal nº 50.232, de 17-11-08, sobre o Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/MSP para os veículos registrados no município de São Paulo, nos termos da legislação ambiental e o convênio firmado entre o Município e o Estado de São Paulo, resolve:

Capítulo I

Do Licenciamento nas Unidades de Trânsito

Art. 1º - O licenciamento anual dos veículos registrados no DETRAN/SP, tendo por abrangência o exercício de 2011 será realizado a partir de 1º de abril de 2011, respeitadas as regras do licenciamento eletrônico antecipado previsto nesta Portaria e obedecidos os prazos máximos fixados na tabela abaixo, distribuídos de acordo com o número final da placa:

I - veículo automotor, reboque e semi-reboque, exceto o definido no item II:
Final da placa Prazo final para Renovação
1 Abril
2 até maio
3 até junho
4 até julho
5 e 6 até agosto
7 até setembro
8 até outubro
9 até novembro
0 até dezembro

II - veículo registrado como ‘caminhão’
Final da placa Prazo final para Renovação
1 e 2 até setembro
3, 4 e 5 até outubro
6, 7 e 8 até novembro
9 e 0 até dezembro

§ 1º - O proprietário de veículo registrado como caminhão, por ocasião do pagamento do IPVA em cota única, poderá realizar o licenciamento anual nos prazos fixados no inciso I do “caput” do artigo.

§ 2º - O licenciamento deverá ser realizado até o último dia útil do mês correspondente ao algarismo final da placa de identificação do veículo.

Art. 2º. Para a realização do licenciamento anual, o proprietário ou seu representante legal, devidamente constituído, deverá apresentar:
I - documento de identidade;
II - número do RENAVAM ou caracteres da placa de identificação do veículo; e,
III - comprovante do pagamento bancário, efetuado por meio do Sistema de Autenticação Digital, abrangendo o pagamento da taxa de expedição do documento de licenciamento, quitação dos débitos relativos a tributos, DPVAT - Seguro Obrigatório e multas de trânsito e ambientais, porventura pendentes no cadastro do veículo.
Parágrafo único. Fica dispensada a apresentação de quaisquer outros documentos ou comprovantes de pagamento relativos a exercícios anteriores.

Art. 3º - O licenciamento anual, independentemente do local de registro do veículo, poderá ser realizado:
I - em qualquer uma das Circunscrições Regionais e Seções de Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito;
II - na Divisão de Registro e Licenciamento da Capital e seus respectivos Postos Avançados de Atendimento; e,
III - nas unidades de atendimento instaladas nos Postos do Poupatempo.

Capítulo II

Do Licenciamento Eletrônico

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 4º - O proprietário do veículo poderá realizar o licenciamento anual por meio do Sistema de Licenciamento Eletrônico - SLE, por intermédio das instituições bancárias contratadas, independentemente da condição de cliente, obedecidas as seguintes regras:
I - comparecimento na instituição bancária contratada ou utilização dos recursos de internet ou de auto-atendimento;
II - pagamento de todos os débitos previamente relacionados e constantes do cadastro do veículo, inclusive taxa de serviço de trânsito e despesas de processamento/postagem;
III - manutenção do mesmo endereço constante do cadastro do DETRAN/SP; e,
IV - inexistência de restrições judiciais ou administrativas.
§ 1º - O DETRAN/SP expedirá o documento de licenciamento e o endereçará à residência do proprietário do veículo, por intermédio dos Correios - via Sedex, ficando o interessado na posse do documento de licenciamento do exercício anterior e do comprovante de pagamento gerado pela utilização do sistema.
§ 2º - O Certificado de Registro e Licenciamento - CRLV será emitido pela Divisão de Registro e Licenciamento do DETRAN/SP, independentemente do local de registro do veículo, e terá validade em todo o território nacional.
§ 3º - O Certificado de Registro e Licenciamento – CRLV não será expedido caso apontem restrições judiciais ou administrativas durante o processo de tramitação das informações e emissão do documento, bem como na hipótese do veículo não atender, na Capital, às condições preconizadas pela Portaria nº 129/SVMA-G/2010, que trata da inspeção ambiental veicular, devendo o interessado comparecer à unidade de trânsito do local de registro do veículo para as providências pertinentes e posterior retirada do documento.

Art. 5º - O Certificado de Registro e Licenciamento – CRLV relativo ao exercício de 2010 terá validade até o último dia do mês estabelecido para a realização do licenciamento, não sendo prorrogada sua validade durante o período necessário ao encaminhamento e recebimento do novo documento pelos Correios.
Parágrafo único. O comprovante de pagamento não servirá como documento de circulação.

Art. 6º - O Certificado de Registro e Licenciamento – CRLV devolvido por incorreção do endereçamento postal ou por mudança de domicílio ou residência de seu destinatário ficará à disposição do interessado na unidade de trânsito do local de registro do veículo.
§ 1º - A autoridade de trânsito determinará a entrega do documento ao interessado, que deverá retirá-lo junto à unidade de trânsito, mediante prévia verificação da regularidade do endereço do proprietário e/ou realização de eventuais correções no banco de dados.
§ 2º - A regularização do endereço não implicará na emissão de novo Certificado de Registro e Licenciamento - CRLV.
§ 3º - Na hipótese do proprietário do veículo residir em município diverso do local de registro do veículo o documento não será entregue, impondo-se o atendimento das regras concernentes ao processo de transferência de domicílio ou residência nos termos do inciso II do art. 123 do Código de Trânsito Brasileiro.

Seção II

Do Licenciamento Eletrônico Antecipado

Art. 7º - O proprietário do veículo, independentemente do número final da placa de identificação veicular, poderá optar pela antecipação do licenciamento anual nos meses de janeiro a março de 2011, desde que atendidas às seguintes regras:
I - utilização exclusiva do Sistema de Licenciamento Eletrônico;
II - regularidade do licenciamento relativo ao exercício de 2010;
III - quitação integral do IPVA relativo ao exercício 2011, nos termos e conforme disposições do Decreto Estadual n° 56.399, de 17 de novembro de 2010; e,
IV - pagamento de todos os demais débitos incidentes, nestes compreendidos a taxa de expedição do documento de licenciamento, DPVAT - Seguro Obrigatório, multas de trânsito, ambientais e demais despesas referentes ao processamento e postagem.
§ 1º - Os débitos constantes no “Aviso de Vencimento” expedido pela Secretaria da Fazenda, quando da utilização do Sistema de Licenciamento Eletrônico Antecipado, poderão sofrer modificações devido à inserção, exclusão ou alteração de débitos de tributos, multas e demais encargos.
§ 2º - O Certificado de Registro e Licenciamento - CRLV não será expedido caso apontem restrições judiciais ou administrativas, bem como na hipótese do veículo não atender, na Capital, às condições preconizadas pela Portaria nº 129/SVMA-G/2010, que trata da inspeção ambiental veicular, devendo o interessado comparecer à unidade de trânsito do local de registro do veículo para as providências pertinentes e posterior retirada do documento.
§ 3º Aplicam-se ao licenciamento eletrônico antecipado as demais regras e exigências estabelecidas para o Sistema de Licenciamento Eletrônico - SLE, no que não conflitarem com as disposições previstas neste artigo.

Art. 8º - O despachante documentalista, independentemente do número final da placa, poderá antecipar o licenciamento anual relativo ao exercício de 2011, desde que atendidas às seguintes regras:
I - utilização exclusiva, a partir da comunicação de implantação por este Órgão Executivo Estadual de Trânsito, do sistema “e-CRV.sp” - Sistema de Gerenciamento do Cadastro de Registro de Veículos, através do Sistema de Licenciamento
Eletrônico - SLE;
II - disponibilização do serviço por instituição financeira contratada pela Secretaria da Fazenda, operando em sistema on-line;
III - regularidade do licenciamento relativo ao exercício de 2010;
IV - quitação integral do IPVA relativo ao exercício 2011, nos termos e conforme disposições do Decreto Estadual n° 56.399, de 17 de novembro de 2010;
V - pagamento dos demais débitos incidentes, nestes compreendidos a taxa de expedição do documento de licenciamento, DPVAT - Seguro Obrigatório e multas de trânsito e ambientais; e,
VI – obrigatoriedade da retirada do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV na unidade de trânsito local de sua atuação profissional, independentemente do município do registro do veículo.
§ 1º - Os débitos constantes no “Aviso de Vencimento” expedido pela Secretaria da Fazenda, quando da utilização do Sistema de Licenciamento Eletrônico Antecipado, poderão sofrer modificações devido à inserção, exclusão ou alteração de débitos de tributos, multas e demais encargos.
§ 2º - Antes da implantação prevista no inciso I deste artigo utilizar-se-á, exclusivamente, o Sistema de Gerenciamento Eletrônico de Veículos Registrados, através do Sistema de Licenciamento Eletrônico – SLE.
§ 3º - Aplicam-se ao licenciamento eletrônico antecipado as demais regras e exigências estabelecidas para o Sistema de
Licenciamento Eletrônico - SLE, no que não conflitarem com as disposições previstas neste artigo.

Capítulo III

Da Mudança de Endereço

Art. 9º - Na hipótese de mudança de endereço do proprietário do veículo, persistindo o mesmo município de registro, deverá o interessado providenciar sua regularização perante a unidade de trânsito do local de registro do veículo.
§ 1º - O proprietário do veículo requererá a alteração do endereço, mediante preenchimento de requerimento, que conterá:
I - identificação do requerente e do veículo;
II - comprovante de sua residência ou domicílio, nos termos das disposições previstas na Portaria DETRAN nº 1.448/07;
III - data e assinatura, dispensado reconhecimento de firma em cartório; e,
IV – atendimento das exigências contidas no art. 2º desta Portaria.
§ 2º - Os Postos de Licenciamento da Divisão de Registro e Licenciamento para os veículos registrados no município de São Paulo e as unidades de atendimento instaladas nos Postos do Poupatempo, independentemente do local de registro do veículo, poderão providenciar a regularização do endereço do proprietário, à exceção da existência de outros impedimentos ou restrições.
§ 3º - A correção cadastral decorrente da mudança do endereço poderá ser realizada a qualquer tempo, não implicando na emissão de novo Certificado de Registro de Veículos - CRV ou documento relativo ao licenciamento.

Capítulo IV

Das Restrições e Impedimentos

Art. 10 - O licenciamento realizado em cumprimento de determinação judicial obedecerá às regras contidas na Portaria DETRAN nº 824/00, com as alterações introduzidas pela Portaria DETRAN nº 1.260/05, atendido o calendário previsto no art. 1º desta Portaria.

Art. 11 - O licenciamento do veículo em unidade diversa do município de registro não poderá ser realizado nas seguintes situações:
I - existência de restrição judicial, administrativa ou penal;
II - registro no antigo sistema de identificação de 2 (duas) letras e 4 (quatro) algarismos;
III - alteração de característica do veículo ou mudança de categoria;
IV - inserção ou retirada de gravame ou restrição relacionada com a transferência de propriedade;
V - emissão, a qualquer título, da 2ª via do Certificado de Registro de Veículo - CRV e/ou do Certificado de Licenciamento Anual - CLA, denominado Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo - CRLV.

Parágrafo único. Nas situações descritas no “caput” do artigo, o licenciamento será requerido e realizado junto à unidade de trânsito do local de registro do veículo.

Art. 12 - A mudança do município de domicílio ou residência do proprietário do veículo implicará na expedição de novo Certificado de Registro de Veículo - CRV, nos moldes preconizados pelos artigos 123 e 124 do Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 13 - Na transferência de propriedade, cumulada ou não com a mudança do município de domicílio ou residência, deverão ser atendidas as regras contidas na Portaria DETRAN nº 1.606/05, com suas posteriores alterações.

Capítulo V

Da Inspeção Ambiental Veicular

Art. 14 - Os veículos registrados no município de São Paulo, 90 dias antes do prazo final para licenciamento, deverão realizar a inspeção ambiental veicular obrigatória como condição necessária para o licenciamento anual relativo ao exercício de 2011, respeitadas as regras do licenciamento eletrônico antecipado previstas nesta Portaria, no art. 5º do Decreto Estadual nº 56.399, de 17 de novembro de 2010, e da Portaria nº 129/SVMA-G/2010.
§ 1º - A expedição do Certificado de Registro e Licenciamento – CRLV, relativo ao licenciamento anual para o exercício de 2011, estará condicionada à aprovação do veículo na inspeção realizada no âmbito do Programa de Inspeção e manutenção de Veículos em Uso- I/M-SP.
§ 2º - Nos termos do art. 1º do Decreto Municipal nº 50.232/08, são objetos da inspeção anual de que trata o Programa I/MSP, instituído pela Lei nº 11.733, de 27 de março de 1995, alterada pelas Leis nº 12.157, de 9 de agosto de 1996, e nº 14.717, de 17 de abril de 2008, as seguintes classes de veículos automotores, independentemente do sistema de propulsão e do combustível utilizados:
I - ônibus, microônibus, vans e demais veículos similares usados para o transporte público de passageiros;
II - caminhões e demais veículos similares usados para o transporte de cargas;
III - camionetas de uso misto, vans, peruas, utilitários, picapes e automóveis;
IV - motocicletas, motonetas e triciclos de uso urbano; e,
V - outros veículos automotores, a critério da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, definidos em portaria específica.
§ 3º - Ficam isentos da inspeção ambiental os veículos equipados com motor dois tempos, veículos apenas movidos com gás metano, veículos híbridos (movido por motor a combustão interna e elétrico), veículos de coleção, os veículos concebidos unicamente para aplicações militares, agrícolas, de competição, tratores, máquinas de terraplanagem e pavimentação e outros de aplicação ou de concepção especial sem procedimentos específicos para obtenção de Licença para Uso de Configuração de Veículos ou Motor – LCVM, nos moldes preconizados pela Portaria nº 129/SVMA-G/2010 e pelo Decreto Municipal nº 50.232 de 17 de novembro de 2008.
§ 4º - Os veículos novos estão dispensados da inspeção no primeiro licenciamento, de acordo com os seguintes critérios:

Ano de Fabricação do
Veículo


Ano de Inclusão no Cadastro
do DETRAN – SP


Ano de Exercício
da Inspeção


Inspeção Obrigatória
2011

2011

2011

Não
2010

2011

2011

Não

§ 5º - A frota-alvo a inspecionar, os procedimentos, os critérios de aprovação e os padrões máximos de emissão encontram-se definidos na Portaria nº 129/SVMA-G/2010 da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.

Art. 15 - O adquirente ou o proprietário de veículo automotor que proceder a transferência de seu registro para o município de São Paulo, deverá submetê-lo à inspeção ambiental veicular, imediatamente após a expedição do novo Certificado de Registro de Veículo - CRV.

Art. 16 - O descumprimento das exigências previstas neste Capítulo impedirá:
I - licenciamento do veículo no exercício de 2011; e,
II - transferência da propriedade.

Capítulo VI

Das Regras Gerais e Disposições Finais

Art. 17 - A expedição de outra via original do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo - CRLV (antiga cópia reprográfica autenticada) obedecerá às disposições estabelecidas na Portaria DETRAN nº 888/07 e suas posteriores alterações.

Art. 18 - Esta Portaria entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2011.


FONTE: http://www.detran.sp.gov.br/legis/portaria_2010_2003.asp

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A ÚLTIMA DO ANO - APARECIDA DO TABOADO/MS

Dia 27 de Dezembro...

Depois de tentar armar um encontro de final de ano com a galera do FOL na mítica Bueno de Andrada sem sucesso, coube novamente a Aparecida do Taboado/MS e a ponte Rodoferroviária de Rubinéia/SP como destino desta última motoviagem de 2010.
Sol, chuva, SP-320 em estado bom em alguns pontos e sofrível em outros, uma jamanta vermelha a 130km/h... algumas coisas que poderiam abreviar o relato desta aventura, mas que mesmo pela sua brevidade não ocultam a grandeza de se exercer o melhor que há na vida: LIBERDADE!!!

Bem, junto comigo, após algumas baixas, entre elas de um amigo meu que estava com "piniqueira" na perna (rsrsrsrs), o nobre companheiro Diego com sua Twister Prateada foi quem se dispôs a me acompanhar nesta motoviagem de fim de ano. Saímos do ponto "A" às 9:40, com um tempo encoberto com algumas nuvens, o que tornou a viagem bem comoda, pois o sol castiga tanto! Na ida, tudo tranquilo! Paramos no trevo de acesso a Santana da Ponte Pensa pra tirar umas fotos. E a ponte é pensa mesmo, e pra direita viu! Hehehe.

Brincadeiras a parte, depois de tirarmos algumas fotos da Rodoferroviária, entramos em solo sul-matogrossense. A cidade de Aparecida do Taboado/MS, tão conhecida pelo seu rodeio e também pela música sertaneja estava um tanto movimentada. Muitas caminhonetes se vê nesta cidade, além de linda morenas!! Eitâ terra boa pra morena bonita! Desse jeito em 2011 tenho que voltar lá novamente!!

Depois de um almoço básico, regado a muita carne de costela, alcatra, entre outras.... chuva! Despencou o céu! Aguardamos um pouco, na esperança da chuva cessar ou mesmo ficar mais leve, mas, no final das contas tivemos que enfrentá-la e vir embora debaixo de chuva forte.

Nesta hora que entra a jamanta vermelha assassina a 130km/h! A ultrapassamos logo na entrada dfo estado de São Paulo, e fomos embora... mas a jamanta vermelha não se contetaria em ser ultapassada por míseras duas motos... uns 100km pra frente, eis que ela surge... do além... a 130km/h...
Tempo chuvoso + caindo raios + caipiras que insistem em ficar lentamente na esquerda + uma jamanta vermelha a 130km/h = Fazer e Twister a 130km/h ou mais...
Quando conseguimos uma 3º faixa, entramos nela e reduzimos a velocidade, e lá se foi a jamanta vermelha! Estava andando colado na gente! Muito perigoso!

Bem, no meio disso tudo, paramos em Urânia/SP para abastecer as motos. É nessa hora que dá dó de vender a Fazer! Enquanto a minha moto fez quase 26km/l, a Twister do meu amigo fez 18km/l... pensa num cara desanimado, rsrsrs.

Chegamos em casa lá pelas 16:40, com o celular molhado e teclado travado! No outro dia já tinha voltado ao normal! Que bom!

Mas alguns dissem que imagens falam mais que mil palavras... então, eis aí:









terça-feira, 21 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DESCANSO PARA PÉS - TEST RIDE

Depois de algum tempo "sem tempo" de instalar o descanso de pés/protetor de motor que comprei no site da MOTOBAN, encontrei uma brecha na minha agenda (rsrsrs) e instalei o protetor!!!



Bom, no kit da MOTOBAN não vieram parafusos, e quando tirei o primeiro parafuso que vem original da moto, achei ele um pouco curto!



É, então tive que comprar 4 parafusos sextavados de boa qualidade (8.8) M8x30, 4 aruelas lisas e 4 aruelas de pressão. Aí fica a dica: se alguém, quando instalar o descanso, encontrar parafusos mais resistentes (de aço, especificação acima de 8.8 - vem marcado em cima do parafuso) melhor!!!

YAMAHA YS FAZER 250 + DESCANSO DE PÉS MOTOBAN = UMA YS FAZER 250 COM DESCANSO!!!



TEST RIDE

Hoje, aproveitei um compromisso do meu trabalho para realizar o "test ride" da Fazer com o descanso, e comprovar a eficácia do mesmo!


aprox. 270km de "test ride"

Gostei do descanso, na avaliação final. Não se engane que ele deixa a viagem 100% mais confortável, mais é bem-vindo por deixar a moto com mais uma opção onde se colocar os pés.

Você viaja sempre com sua Fazer, e por distâncias superiores a 150km? Pense em instalar uma, só não vale reclamar do visual da motoca depois!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

VAZAMENTO DE GASOLINA - CAPÍTULO FINAL

Bom, no dia 4 de novembro peguei a moto na concessionária Yamaha de Três Lagoas/MS. O mecânico me disse que o vazamento era do anel de borracha (part number 5CA-14147-00) que foi colocado na revisão anterior, feita a alguns dias atrás. Ele disse que este anel de borracha era do mesmo diâmetro, mas de espessura menor. Este anel de borracha foi trocado (R$ 10,00), ficando o trabalho em R$ 50,00 (R$ 40,00 de mão-de-obra).

Vejamos as fotos:


corpo da injeção


a peça trocada é a 3

Bom, quando cheguei a minha cidade-natal, levei a moto lá na Clínica das Motos, conversei com o pessoal, eles me disseram que colocaram os reparos originais da Yamaha, e depois de mais um papo, fui "indenizado" com 50% do valor da manutenção em Três Lagoas/MS, ou seja, R$ 25,00.

Problema resolvido, espero rodar muitos km com a bichinha!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

VAZAMENTO DE GASOLINA - CORPO DA INJEÇÃO

Que chato! Dias depois de ter realizado a primeira revisão da minha Fazer fora de concessionárias Yamaha, eis a surpresa! Vazamento de gasolina pelo corpo da injeção!




Levei em uma concessionária Yamaha aqui em Três Lagoas/MS, e o mecânico me disse que provavelmente é o vedamento que não tá legal. Vamos ver. Depois posto o que realmente ocorreu na bichinha.

sábado, 30 de outubro de 2010

Mapas para GPS



Para quem possui um GPS da marca GARMIN e está a procura de mapas, eis a salvação!!! O site do projeto TrackSource (aqui) disponibiliza gratuitamente mapas de todo o Brasil para download.

Mas se você é um aventureiro e deseja mapas dos países do MercoSul, consulte então o argentino Proyecto Mapear (aqui). Também com mapas gratuitos para download!!!

YAMAHA TÉNÉRÉ 250



A Yamaha lançou em solo nacional a mais nova integrante da mística família Ténéré. Com o consagrado propulsor de 250cc e uma ciclística baseada na da Lander, prometer ser uma boa pedida para os aventureiros que rasgam as estradas e rodovias em busca de lazer. A Yamaha informou que as alterações foram poucas em relação as outras motocicletas de 250cc da marca. Foi mudado a relação das marchas, para que a tocada em rodovias fosse privilegiada, e também o chassi da T250 tem reforço em sua parte traseira, para suportar o peso de bauletos cheios de bujigangas.

Se vai vender muito? Promete vender bem por ser uma moto diferente das que temos hoje disponíveis no nosso mercado. E não se engane: ela não é off-road como a XRE e a Lander, e sim uma on-road - uma trail para turismo/viagens.

Eu quero a minha!! E tem que ser branca!!

Veja mais informações aqui.

domingo, 10 de outubro de 2010

TIRO-CURTO - Afluente do Rio Tietê em Mendonça/SP

Galera, no sábado, dia 9 de outubro, após o almoço e sem expectativa para o sábado valer a pena, estava andando pelas ruas de minha cidade, até que o sábado-chato se transformou em um sábado "feliz" (sem sacanagem). Eu e mais dois amigos motociclistas resolvemos dar uma voltinha até um afluente do rio Tietê, na prainha de Mendonça/SP. Pista tranquila, asfalto bom, algumas curvas básicas... valeu a pena o sábado e como vale a pena ser motociclista. Graças a Deus!

Claro, as fotos!


76,4km de pura diversão!!!



da esquerda para a direita: Douglas (eu), Adriano e Diego



terça-feira, 5 de outubro de 2010

HORA DE FAZER UM "UP" - Muitas dúvidas...

É galera, sempre que você vai trocar de carro ou de moto, surge aquela dúvida: -Mas qual carro/moto devo pegar?
Bom, para se chegar a esta resposta devemos analizar muitas coisas, tipo: qual é o estilo que mais te agrada, valor de um seguro, valor das peças de reposição, mercado do bem, e algo que julgo ser um dos principais fatores que influenciam a escolha: o valor ($$$) do bem em questão!
O meu sonho é comprar (algum dia) uma V-Strom 650, mas enquanto não tenho o tempo ($$$) necessário para realizar este sonho, coloquei sobre a mesa 3 escolhas:


Honda NX4 Falcon


Suzuki GS500 E


Yamaha XT660 R

Bom, todas as motos são usadas (as que estou analisando para realizar o meu "up"), e estão na ordem crescente de investimento que eu teria que arcar com a troca. Nesta lista existem duas "trail" (NX4 e XT660 R) e uma "street sport" (GS500 E). O meu gosto é por motos mais ao estilo sport-touring, ou mesmo touring, como alguns classificam a V-Strom 650.

Em todas estas motos, instalaria uma bolha e um baú/bauleto. Nas motos trail, pensaria na compra de um banco tipo sela.


banco tipo sela para XT660R


Todas as motos acima são boas motos, infelizmente duas já não são mais fabricadas, apenas a XT continua sendo fabricada. As suspensões das trail são agradáveis para enfrentar as nossas vias, enquanto que a GS é a mais lógica para uma utilização exclusivamente em rodovias e uso urbano.
O que está pesando atualmente na escolha realmente é o valor a desembolsar. A NX4 está quase descartada do meu "up", ela foi listada pelo valor mesmo, sendo a mais em conta. A GS me encanta: bícilindrica, motorzão, o estilo street... ela é a segunda mais em conta neste up. A XTzona é uma máquina... não tem como criticar uma moto vencedora de tantos prêmios pela mídia (venal?) especializada. Mas as trails... não são do meu gosto... e o valor dela também não seria um dos mais fáceis a se peitar.

No Best Cars Web Site (site aqui)existem vários relatos de proprietários destas motocicletas. Ajuda na hora de uma decisão final.

É... por enquanto vou calculando e fazendo planos. Mas, qual seria finalmente a melhor escolha?
Eu não seu... e ninguém saberá!!! (palavras proféticas, rsrsrs)

domingo, 19 de setembro de 2010

COISAS QUE AINDA QUERO VER...

Aqui, nesta série de “Coisas que ainda quero ver...” de hoje, cabe duas coisas sobre as duas principais montadoras de motocicletas do Brasil:

• Ainda quero ver a Honda acertar a relação de suas motos de baixa cilindrada (lembram da barulheira que a Twister fazia, e que a CB300R herdou?) e
• Tenho fé que um dia a Yamaha venha a produzir motos com os encaixes das marchas mais suaves, e não um tanto duros como hoje em dia nas motos desta fabricante.

Será que um dia vou ver isso?

sábado, 18 de setembro de 2010

Trocar o óleo no momento certo evita danos à moto, ao bolso e ao ambiente



Uma boa lubrificação garante maior vida útil ao motor da motocicleta, porém, há muitos mitos sobre qual a hora certa de trocar o óleo. Mitos como "trocar o óleo toda semana", "não deixar passar dos 1.000 km" ou "o ideal é trocar na metade do recomendado pelo fabricante", difundidos aqui e ali deixam o motociclista perdido sem saber qual a hora certa de fazer a manutenção de sua moto.

A dúvida não deveria nem existir, afinal o manual do proprietário que acompanha a motocicleta traz recomendações dos fabricantes sobre o óleo correto e o intervalo entre cada troca. Mas o que fazer quando até mesmo o mecânico da concessionária autorizada recomenda substituir o fluido antes do recomendado?

"Realmente, 90% dos mecânicos que recebem treinamento trocam na metade do intervalo recomendado", admite Alexandre Hernandes, Instrutor Técnico da Yamaha Motor. Responsável por capacitar os mecânicos das oficinas autorizadas, o instrutor afirma que isso acontece porque os mecânicos acreditam que dessa forma o motor dura mais. "Essa ideia vem da década de 1980, quando os óleos duravam menos. Agora a tecnologia dos óleos evoluiu muito e o fluido dura mais", explica.

Ao longo dos anos, assim como as motos, os óleos evoluíram. Tanto na viscosidade como nas especificações da API (American Petroleum Institute). "Antes os óleos atendiam normas mais antigas da API, agora o Yamalube, óleo recomendado pela Yamaha para suas motos, atende à norma SL, quer dizer uma especificação mais moderna, o que permite um maior intervalo na hora de trocar o óleo", ressalta Hernandes.

Nas motos de baixa cilindrada da marca, como por exemplo, a YBR 125 Factor, a fábrica recomenda a troca de óleo a cada 3.000 km -- exceto na primeira troca que deve ser feita aos 1.000 km junto com a revisão. Porém, uma rápida visita aos fóruns na internet ou uma conversa com motociclistas mostra que a maioria faz a substituição a cada 1.000 km, inclusive com recomendação da concessionária.

"Os concessionários recomendam isso porque sabem que a maioria dos clientes não verifica o nível do óleo entre as trocas. Então para evitar problemas recomendam que se troque o óleo na metade do tempo", justifica Hernandes. E aproveita para alertar os motociclistas: "mesmo que a troca seja recomendada a cada 3.000 km, o motociclista precisa verificar o nível de óleo periodicamente e, se necessário for, completar com o mesmo óleo utilizado". Se o motociclista utilizar um óleo diferente, o fluido pode perder suas características, alerta.

O engenheiro da Honda, Alfredo Guedes, faz coro e admite que a troca do óleo feita antes do recomendado pela montadora também acontece em concessionárias da marca. "O consumidor é resistente a mudanças. Antes, quando o óleo tinha especificação inferior, a troca devia ser feita aos 1.500 km. Desde a CG 150, passamos a recomendar o óleo Móbil Super Moto 4T, que tem viscosidade 20W50 e atende à norma API SF, portanto as trocas passaram para intervalos de 4.000 km, com exceção da primeira que deve ser feita obrigatoriamente aos 1.000 km ou após seis meses.", explica Guedes.

A validade do óleo também é outro fator a ser levado em conta. Após sair da embalagem, o óleo dura seis meses. Mesmo que a moto não rode a quilometragem indicada, depois desse período o óleo deve ser substituído. "Mas trocar o óleo toda semana ou a cada 1000 km, além de jogar dinheiro fora, vai gerar resíduos desnecessários para o meio ambiente", relembra o engenheiro que há 14 anos trabalha na Honda.

O ÓLEO CERTO PARA A MOTO
Alfredo Guedes também alerta para o uso do óleo correto, ou seja, aquele recomendado pela montadora. "O consumidor deve sempre usar o óleo recomendado pelo fabricante, pois já fizemos exaustivos testes em bancadas, ou rodando em condições severas. Muitos proprietários de motos maiores, como a CBR 600RR, por exemplo, querem usar óleo de base sintética, porque acham que é melhor. Não recomendamos", avisa o engenheiro.

Segundo ele, os óleos de base sintética podem formar uma película nos discos de embreagem e reduzir o atrito. Com isso a embreagem pode começar a patinar. "Alguns fabricantes de óleo sintéticos afirmam que isso não acontece mais, porém a Honda ainda não testou esses óleos e o motociclista não deve utilizá-lo em nossas motocicletas, exceto em alguns modelos de competição que têm embreagem a seco", reforça.

A maioria das motos de rua tem discos de embreagem banhados a óleo. Enquanto nos carros há um lubrificante específico para o motor e outro para a caixa de transmissão, na maioria das motos com motores quatro tempos à venda no Brasil o mesmo óleo lubrifica cilindros, pistões e também a caixa de marchas e a embreagem. "Por isso nunca se deve usar óleo de carro em motocicletas", conclui Hernandes, da Yamaha.

Para saber qual a hora certa de trocar o óleo de sua moto, a principal recomendação dos fabricantes é só uma: seguir à risca o manual. Tanto em relação ao óleo a ser utilizado quanto ao intervalo entre as trocas. Com isso, o motociclista tem a garantia de estar cuidando bem da lubrificação de sua moto.

fonte: Arthur Caldeira, do UOL Carros

OBS.: o óleo da foto no topo do tópico é meramente ilustativo. O Motoviagens na Net não recomenda nenhum tipo nem marca de óleo específico. Sempre respeite o que diz no manual do fabricante da sua motocicleta.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Enquete finalizada!!!

Chegamos ao fim da enquete "Você é a favor da medida que quer proibir a circulação de motos menores de 150cc em rodovias?" com o seguinte resultado:

18 pessoas votaram, e deu um religioso empate: 9 concordaram e 9 foram contra a pergunta em questão.

Obrigado a todos que participaram desta enquete, e já os convido para participar da próxima! Abraços!

Testando capacetes - SHARP Helmets



Você sabe o que significa SHARP e o que ele faz? SHARP significa Safety Helmet Assessment and Rating Programme, é um programa do governo ingles que testa e certifica capacetes para motociclistas.
Os capacetes ou cascos que são testados pelo programa recebem de uma a cinco estrelas, dependendo da sua avaliação final. Por exemplo, o Nitro que possuo atualmente foi avaliado como 5 estrelas.
No site do programa (http://sharp.direct.gov.uk/) é possível consultar uma vasta gama de capacetes avaliados, agrupados por fabricantes e modelos. Também no site do SHARP, é possível ver dicas de como escolher o seu capacete e ver um vídeo com os testes que são realizados nos capacetes.
Na hora de fazer um “up” de casco, agora você já sabe por onde começar!!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Susto na Rodovia

Viagem tranquila é muito boa, não é? E quando ocorre algum imprevisto, depois do susto, vem as risadas!
Bem, o ocorrido foi o seguinte: estou rodando pela Rodovia Feliciano Sales da Cunha (9 de setembro), próximo do trevo de acesso ao distrito de Bandeirantes d'Oeste (sentido interior), quando a moto começa a cortar o injeção (piscando o led de injeção da moto), piscando as setas, barulho de alarme e tudo o mais... comecei a parar a moto ainda na rodovia, nem me atentei se tinha carro andando atrás de mim... parei no acostamento, no trevo de acesso do distrito citado.

Ok. Já sabia que este corte de injeção tinha sido ocorrido pelo alarme que tenho instalado na moto, agora precisava saber se ele alarmou no "automático" ou outra coisa parecida. Surpresa!!!



Estava andando com o controle do alarme (Positron DuoBlock) no bolso da jaqueta, junto com o celular, e ocorreu que o celular apertou o controle, e pela Lei de Murphy, o celular apertou o "cadeado fechado" do alarme!!!

Depois do susto que levei, fica a dica e a experiência: alarme, no bolso da calça e SOZINHO!!!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Corrupção na Ruta 14 (ARG)

RUTA 14 - Um pouco de história...

A Ruta Nacional 14 General Agustín P. Justo (Decreto n.º 2.527/1976) ou simplesmente RN 14 é uma rodovia argentina. Une as províncias de Misiones, Corrientes e Entre Ríos, numa extensão de 1.127 quilômetros.
Embora seja considerada uma rodovia radial, não tem inicio na capital, e sim na RN 12 na localidade de Ceibas, província de Entre Ríos, seguindo na direção norte margeando o rio Uruguai culminando na cidade de Bernardo de Irigoyen, na Província de Misiones. É uma das rodovias mais movimentadas do país, por ser a principal via para o tráfego de veículos entre o Brasil e a Argentina.
Encontra-se em construção uma autoestrada que unirá o trecho Gualeguaychú - Paso de los Libres,[1]. Em seus últimos quilômetros (apartir de San Pedro até seu final) é de ripio (pedras soltas) e encontra-se em condições ruins.
Nos últimos anos recebeu a denominação de Ruta de la Muerte devido ao grande número de acidentes que que ocorrem na rodovia.
Esta rodovia passa junto ao Parque Nacional El Palmar, que se caracteriza por suas palmeiras yatay, cuja entrada encontra-se a 6 km ao sul de Ubajay, na província de Entre Ríos. Também passa pelo Parque Provincial Cruce Caballero a nordeste da cidade de San Pedro, província de Misiones.



RELATOS DE CORRUPÇÃO


Brasileiros sofrem extorsão no caminho de Buenos Aires


Nesta reportagem binacional, Zero Hora e Clarín expõem como funciona a rede de corrupção formada por policiais argentinos que ameaçam e constrangem motoristas estrangeiros - principalmente brasileiros - que se aventuram pelas estradas do país vizinho.

RODRIGO CAVALHEIRO/ZERO HORA E JAVIER DROVETTO/CLARÍN

Ao percorrer os 732 quilômetros entre Uruguaiana e Buenos Aires, Zero Hora e o jornal Clarín documentaram a causa da revolta de todos os motoristas brasileiros usuários das estradas argentinas: uma complexa rede de extorsão que contamina a polícia rodoviária da Argentina.

Com um automóvel sem identificação, alugado em Uruguaiana com todos os itens exigidos pela lei argentina, dois repórteres viajaram até Buenos Aires no dia 5 de abril, no feriadão da Semana Santa. Logo no km 474 da Ruta 14, a principal ligação entre as duas cidades, o prenúncio do que se revelariam quilômetros de ameaças incisivas - em menor ou maior graus. Um grupo de policiais pára o veículo para vender um jornalzinho da corporação:

- Não quer comprar uma revista da polícia, chefe? São 10 pesos - questiona um policial.

- Não, obrigado - responde o repórter.

- Tem certeza de que não quer? Até onde mesmo pretende ir? - insiste o policial, com um meio sorriso e o tom intimidador de quem sabia o que aconteceria à frente.

Coincidência ou não, em 10 horas de viagem o veículo da reportagem seria barrado outras quatro vezes. Em apenas duas blitze a passagem foi liberada diretamente - enquanto veículos argentinos transitavam sem placa, com pára-brisas quebrados e com luzes queimadas. No último bloqueio, às 17h, o achaque que se desenhava foi comprovado.

Além de "dar descontos", o policial Omar Sinner, suboficial da polícia rodoviária de Entre Ríos, aceitou propina, pressionou pelo pagamento imediato de uma multa por uma infração inexistente e vendeu o sonho do mau motorista: um salvo-conduto para praticar qualquer infração por 24 horas.

- Te faço um descontinho. Se me pagares, não vão poder te cobrar por outra infração - disse cinicamente Sinner.

Na viagem de retorno, realizada no dia 7 de abril somente pelo repórter de Zero Hora, a surpresa: a "proteção" oferecida pelo suboficial é aceita nas duas oportunidades em que o veículo é parado, eliminando a alegação de que novas infrações haviam sido cometidas. Nas páginas seguintes, você lerá o diálogo que prova que, mais do que apenas a má conduta de um policial, há uma cadeia de corrupção que estimula a extorsão e a impunidade na polícia rodoviária da Argentina.

Dirigir com placa brasileira no país vizinho é arriscado. Mesmo com todos os equipamentos exigidos, o motorista não escapa de parar em praticamente todos os bloqueios. E mesmo que mostre estar com tudo em ordem no veículo, precisa se livrar de acusações em que basta a palavra do policial, como excesso de velocidade e ultrapassagem em faixa dupla.

A palavra em espanhol para propina é "coima". Não admira que, na Argentina, o substantivo tenha perdido espaço para o verbo: coimear. Entre Buenos Aires e Uruguaiana está a rota da propina. Ou, como dizem os hermanos, "la ruta de la coima".

(rodrigo.cavalheiro@zerohora.com.br)
(jdrovetto@clarin.com)
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Seis policiais são afastados na Argentina
Propina na Ruta 14


RODRIGO CAVALHEIRO

Diante da publicação conjunta por Zero Hora e pelo Clarín de gravações e fotos provando a existência de uma rede de extorsão a brasileiros na Ruta 14 - a principal ligação entre Uruguaiana e Buenos Aires -, a polícia rodoviária argentina afastou ao meio-dia de ontem seis policiais. Entre eles está o suboficial Omar Sinner, que no dia 5 de março "deu descontos", aceitou propina, pressionou pelo pagamento imediato e vendeu a um repórter de ZH um salvo-conduto contra novas infrações. Os outros investigados são o comandante do posto policial de Concepción del Uruguay e quatro patrulheiros que trabalhavam na rodovia.

Para punir os suspeitos, a polícia argentina disse que se baseará nos documentos produzidos pela reportagem. Enquanto a investigação avança, outros policiais foram deslocados para substituir os afastados.

- Atuaremos com o rigor da lei. O funcionário que tenha cometido faltas será afastado da instituição policial. O resultado da investigação jornalística nos preocupa - disse ontem o comissário-geral da Direção de Prevenção e Segurança Viária de Entre Ríos, Jorge Alberto Roldán.

Na sexta-feira, Roldán já havia anunciado o início da investigação da denúncia, que ganhou destaque na imprensa argentina. Na Semana Santa, os 732 quilômetros entre Uruguaiana e Buenos Aires foram percorridos em um automóvel com placa brasileira, com todos os itens de segurança exigidos pela lei do país vizinho. No quilômetro 137 da Ruta 14, o veículo foi parado pela quinta vez em barreiras policiais. A alegação: ultrapassagem em faixa dupla, em um ponto em que as placas de sinalização indicavam demarcação deficiente.

- Te faço um descontinho. Cobramos mais barato para que a pessoa não tenha problemas adiante - disse o policial Sinner, salientando que o pagamento deveria ser feito na hora.

Após começar cobrando 276 pesos (R$ 220), o policial baixou o valor para 80 pesos (R$ 64), assinando um auto de infração que garantia servir como proteção para o caso de novas paradas no caminho. Na viagem de retorno, realizada no dia 7 de abril somente pelo repórter de ZH, por duas vezes o veículo foi barrado. Em ambas, a proteção funcionou. Primeiro, para evitar uma multa por uma suposta irregularidade no seguro (que estava em dia) e logo depois por um alegado excesso de velocidade.

Embora o policiais tenham insistido para que o pagamento fosse feito na hora e ameaçado apreender o carro, a quitação imediata de uma multa não é obrigatória na Argentina. Além disso, o automóvel só pode ser retido em casos de documentação adulterada, falta de documentos que certifiquem a propriedade do veículo ou se o motorista estiver bêbado.

( rodrigo.cavalheiro@zerohora.com.br )
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"Estou fazendo uma liquidação"

Às 17h do dia 5 de abril, quinta-feira que iniciou o feriadão da Semana Santa, no km 138 da Ruta 14, principal ligação entre Uruguaiana e Buenos Aires, o carro da reportagem foi parado pela quinta vez em uma blitz da polícia rodoviária argentina, a "policia caminera". O diálogo com policiais foi gravado ao longo de 23 minutos de abordagem e negociação, com o testemunho de um jornalista do Clarín, da Argentina. Confira, a seguir, a conversa:

"Vou incomodar pela faixa dupla, chefe"

Policial 1 - Permita-me ver sua carteira de motorista, a Carta Verde (seguro obrigatório para circular no Mercosul) e os documentos do veículo.

Repórter - Aí estão.

Policial 1 - Me avisaram que você passou na faixa dupla amarela. Meus colegas me comunicaram lá atrás, disseram que não puderam pará-lo. Passe por aqui (o policial pede que o repórter saia do carro).

O repórter sai do carro e é levado até o suboficial Omar Sinner, em uma viatura policial de placas ERX 840

Policial 2 - Como vai?

Repórter - Tudo bem.

Policial 2 - Vou incomodar pela faixa dupla, chefe, não sei se se você se deu conta...

Repórter - Creio que não cruzei a faixa dupla.

Policial 2 - Não percebeu a infração?

Repórter - Não. A verdade é que não ultrapassei em faixa dupla. Venho com bastante cuidado, porque não estou no meu país.

Policial 2 - Me passaram isso, que o senhor passou sobre a linha dupla amarela, é possível que não tenha se dado conta. Está mal demarcada. Mas se considera como se estivesse bem (pintada).

Repórter - Ela está mal demarcada, é isso?

Policial 2 - Olha, esta é a sua falta, chefe. Linha dupla amarela. Sabe ler aqui, pode ler? A multa é de 368 pesos. É feito um desconto por pagamento imediato (a lei argentina realmente prevê esta possibilidade). Nós lhe damos um comprovante de pagamento.

"Eu posso te fazer um desconto"

Repórter - Eu não ultrapassei pela linha dupla, o senhor mesmo diz que ela está mal demarcada.

Policial 2 - Olha, aqui, o que eu posso te fazer é um desconto. Se me pagas agora, em vez de cobrar o que está no comprovante, lhe cobro... Se pode fazer um desconto de 25%, 276 pesos (R$ 220), é o que fica no boleto para pagar. Se chegares a ter outro inconveniente na estrada, o comprovante vai lhe servir. Se chegarem a pará-lo em outro posto de controle, ou o que seja, você lhes apresenta esse papel.

Repórter - Desculpe, eu não compreendi essa última parte.

Policial 2 - Eu te dou o comprovante. É a prova que você quitou a infração de trânsito. Se outro policial o parar, por qualquer outra infração de trânsito, você mostra o comprovante de que já pagou aqui. Por 24 horas, não podem multá-lo por outra infração de trânsito.

Repórter - Ah, é como um desconto em outra infração...

Policial 2 - Claro.

Repórter - Então eu posso cometer outra infração e, depois de pagar essa multa ao senhor, eu não pago outra, é isso?

Policial 2 - Exato.

Repórter - É isso?

Policial 2 - Você está coberto, por 24 horas. Aqui em Entre Ríos.

"Podes pagar com reais, pesos ou dólares"

Repórter - Realmente, eu não tenho condições de pagar essa multa. Eu já venho com o dinheiro contado...

Policial 2 - O dinheiro... Podes pagar com reais, pesos, dólares... Eu aceito qualquer moeda para quitar a infração.

Repórter - Ou dólares? E aqui mesmo? Não tenho que ir a um escritório?

O policial tosse, aparenta nervosismo.

Policial 2 - Isso aqui é um posto móvel. Se confecciona o recibo neste lugar.

"Se você não pode pagar 276 pesos, posso baixar para 220"

Policial 2 - Faço o recibo? Em dólares ou pesos ou...

Repórter - É que eu... eu realmente não tenho dinheiro para pagar.

Policial 2 - Quanto você pode pagar?

Repórter - É que eu sou estudante. Sei que o senhor está fazendo o seu trabalho, mas...

Policial 2 - Por isso, até 200 pesos (R$ 160) está bom?

Repórter - Mas como o senhor vai fazer uma multa em um valor menor?

Pelo rádio, chega um chamado de um posto policial localizado dois quilômetros antes do local da abordagem. Este primeiro grupo fica encarregado de avisar sobre carros de placa estrangeira, para que sejam parados logo depois.

Policial 2 - Adiante!

Policial por rádio - ... um paraguaio.

O policial volta a falar com o repórter

Policial 2 - Olha, 220 pesos (R$ 176) é o que eu posso te fazer.

Repórter - Essa é outra infração, então?

Policial 2 - É a mesma. Ou seja... é uma falta grave igual. Se você não pode pagar 276 (R$ 220), posso baixar para 220 pesos (R$ 176). Então, chefe, fazemos o recibo ou não?

Repórter - Tenho alternativa?

Policial 2 - Não tem alternativa.

Repórter - Lamento, mas não tenho como pagar este valor. Se fosse uma infração que eu realmente tivesse cometido...

Policial 2 - 138 pesos (R$ 110), podes pagar? Não posso baixar mais.

Repórter - A original era de quanto?

Policial 2 - 276 pesos (R$ 220), eu posso baixar até 138 (R$ 110).

Repórter - Então eu posso pagar 138 (R$ 110) em vez de pagar... 276 (R$ 220).

Policial 2 - Isso.

"Cobramos mais barato para que a pessoa não tenha problemas adiante"


Repórter - Não vai ficar difícil para o senhor explicar que eu tive uma infração e que está me cobrando menos?

Policial 2 - Acontece que cobramos mais barato da pessoa para que ela não tenha problemas mais adiante. Então, para que você leve um comprovante de pagamento e não tenha problemas mais adiante, lhe cobramos menos dinheiro. Entende?

Repórter - Claro...

Policial 2 -138 pesos (R$ 110) pagas aqui. Faço o recibo e assim já não demoras mais.

"Se você não quiser o comprovante, não te dou"


Repórter - Não podemos deixar por 100 pesos (R$ 80)?

Policial 2 - Por 100 pesos? Mas aí você não leva o comprovante de pagamento.

Repórter - Ah... Por 138 pesos (R$ 110) posso levar o comprovante...

Policial 2 - Se você não quiser o comprovante, não te dou.

Repórter - Não complica para o senhor?

Policial 2 - Não, não. Se você não o quer...

Repórter - Para ser claro. Se eu não quiser o comprovante, posso pagar menos, é isso?

Policial 2 - Exatamente.

Repórter - Não é difícil explicar a multa?

Policial 2 - Te faço então por 100 (R$ 80)?

Repórter - Mas com comprovante de pagamento, pode ser?

Policial 2 - Sim, sim.

"Não tem outra opção"

Repórter - É coincidência, desculpe perguntar, ou sempre param os estrangeiros?

Neste momento, há dois motoristas paraguaios esperando a vez para falar com o suboficial, que mostra impaciência

Policial 2 - Este andou na linha dupla também (apontando para um dos estrangeiros).

Repórter - Mas sempre estrangeiros?

Policial 2 - Ocorre que a maioria das pessoas daqui conhece a estrada, e quem vem de fora não a conhece.

Repórter - Por curiosidade: se por acaso eu não pagar, o que acontece?

Policial 2 - A conseqüência é que depois chega a multa na tua casa.

Repórter - Na minha casa no Brasil?

Policial 2 - Exatamente.

Repórter - Bom... então tudo bem. Prefiro que chegue na minha casa.

Policial 2 - Mas já estou fazendo a multa aqui. A multa é paga no lugar. Essa classe de infrações é paga aqui.

Repórter - Em síntese, aqui eu não tenho outra opção?

Policial 2 - Não tem outra opção.

"Eu fiz um desconto para ti"

Repórter - A infração original era por linha dupla amarela. Qual é a infração pela qual o senhor me multou agora?

Policial 2 - Pela mesma infração.

Repórter - Mas varia tanto assim o valor?

Policial 2 - Você diz que é a primeira vez que anda por aqui. E "bueno", estou fazendo uma liquidação.

Repórter - Liquidação?

Policial 2 - Estou fazendo por pouco menos.

Repórter - Gracias, muy amable...

Policial começa a lavrar a infração. Na pressa, escreve o nome do pai do repórter, que aparece no documento, como autor da infração.

Policial 2 -Te cobro então... te cobro a multa. Te dou o comprovante de pagamento aqui. Me pagas (nervoso)?

Repórter - Ah, tenho que pagar aqui? Mas não vai para minha casa?

Policial 2 - Não. Já fiz a multa aqui. Assina e me paga. Assim, podes seguir viagem. Toma, assina! Eu fiz um desconto para ti... 82 pesos (R$ 65). Toma, assina aqui (mais nervoso).

Repórter - Ah, 82 pesos! Então de 270 pesos (R$ 216) foi para...

Policial - Sim, 82 pesos (R$ 65).

"Te apura, que tenho outro infrator na fila"

Repórter - Só me esclareça uma coisa...

Policial 2 - Te apura um pouquinho, que tenho outro infrator na fila!

Repórter - Ah, o senhor tem outro na fila...

Policial 2 - Assina logo e segue viagem.

Repórter - Se não pagar, o que acontece?

Policial 2 - Tem de pagar, paga-se aqui. Senão, o carro fica detido.

Repórter - E daí tenho que ir caminhando?

Policial 2 - Exatamente. É assim aqui.

Repórter - Aqui é sempre assim, né? Eu não estou sendo enganado?

Policial 2 - É sempre assim. Uma assinatura aqui! Não sei por que tantas explicações e não entende! Eu te expliquei clarinho como é.

Repórter - É que a gente é sempre advertido quando entra para não fazer nada ilegal...

Policial - Te cobro então! Te dou a cópia...

Repórter - Vou pegar no carro (o dinheiro).

"Isso é uma gauchada. Gauchada é amizade"


Depois de 45 segundos, o repórter entrega uma nota de 100 pesos (R$ 80) ao policial. Ao ver o jornalista conversando com o colega do Clarín, pede pressa.

Policial 2 - Eu não estou brincando aqui na estrada, querido. Não estou brincando.

Repórter - Ah, sei, é o seu trabalho né...

Policial 2 - Claro, as pessoas estão apuradas. Dois pesos não tens?

Repórter - Sinto, mas não tenho troco. É um gasto que não planejava ter.

Policial 2 - Faltam dois pesos.

Repórter - Não podes me fazer mais um descontinho? Por 80 (R$ 64)?

Policial 2 - Bueno...

O policial entrega só 10 pesos de troco, para uma nota de 100. O correto seria 18 pesos

Repórter - Mas o senhor me cobrou 90?

Policial 2 - Preciso de dois pesos. Não tenho para te dar o troco.

Repórter - Mas me faz por 80...

Policial 2 - Mas e eu aqui, como é que fico (perde a paciência)? Toma!

Repórter - Gracias.

Depois de 20 minutos, a reportagem volta ao local, alegando ter se perdido.

Repórter - Perdão por voltar. Me perdi. Onde me disseste que preciso dobrar à direita?

Policial 2 - Você tem que ir diretinho até o cruzamento na via. Aí está a Gendarmería, sob a ponte. Vão desviá-lo à direita.

Repórter - Com o que eu te paguei não preciso me preocupar?

Policial 2 - Não, não... Se te pararem na estrada e te disserem algo, você mostra o boleto que pagaste aqui.

Repórter - E digo a eles o teu nome?

Policial 2 - Não, está tudo aqui. Meu nome está aqui no boleto.

Repórter - Como se chama?

Policial 2 - Omar Sinner.

Repórter - E sempre há desconto assim?

Policial 2 - Se você quer pagar no momento, fazemos um desconto... por "gauchada".

Repórter - Ah, por gauchada... E o que é gauchada?

Policial 2 - Você ajuda me pagando, eu te ajudo fazendo um desconto. Para não te cobrar o que é realmente a multa, te cobro algo menos por amizade, digamos. Isso é uma gauchada, gauchada é amizade.

É ILEGAL
O pagamento de uma multa não pode eximir o motorista de cumprir as leis de trânsito. Garantir proteção por determinado período nas estradas é uma forma de extorsão. Zero Hora comprovou que o esquema é reforçado por outros policiais, que aceitam a multa anterior para abrir mão do pedido de propina (leia na página 42). Assim é formada uma rede, na qual o primeiro a receber o pagamento ganha a cobertura dos demais.

É MENTIRA
Se a demarcação não é visível, não pode dar origem a uma multa. Nesse caso, a má sinalização é utilizada pelo policial como estratégia a seu favor com a seguinte lógica: "é compreensível que o senhor não tenha visto a demarcação, mas infringiu a lei e deve ser multado".

É VERDADE
A legislação argentina permite o pagamento em moeda estrangeira e no local da infração, diferentemente da brasileira. O policial deve checar por rádio a cotação em pesos da moeda com que o infrator vai pagar a multa.

É ILEGAL
O policial não pode mudar a categoria de uma multa para forçar o motorista a pagar por uma infração mais barata, como se fosse uma "liquidação". Dizer que é para "não ter mais problemas adiante" é uma forma de pressionar por pagamento imediato, que não é obrigatório.

É ILEGAL
Receber dinheiro por uma infração sem dar ao motorista um comprovante do pagamento configura corrupção.

É UMA ARMADILHA
Nos 23 minutos em que o veículo da reportagem ficou no bloqueio, apenas carros estrangeiros foram parados - dois paraguaios. Embora não haja estatística de abordagens por origem do veículo, automóveis argentinos transitam sem as mínimas condições nas rodovias federais. Nos 1.464 quilômetros percorridos entre Uruguaiana e Buenos Aires, ida e volta, a reportagem passou por cinco veículos sem placa (abaixo), quatro com a luz queimada e dois com o pára-brisa dianteiro quebrado.

É MENTIRA
Conforme o comissário-geral Jorge Alberto Roldán, da Direção de Prevenção e Segurança Viária de Entre Ríos, nenhum condutor é obrigado a pagar na hora uma multa. Ou seja, independentemente da infração, o condutor estrangeiro ou argentino pode pedir que enviem a multa a sua casa.

É MENTIRA
Um carro só pode ser apreendido na Argentina por documentação adulterada, falta de documentos que certifiquem a propriedade do veículo ou se o motorista estiver bêbado. Nunca por infrações como passar sobre a linha dupla amarela ou andar sem o cinto de segurança.
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No retorno, a rede de corrupção se completa

Na viagem de retorno de Buenos Aires, iniciada às 8h e terminada às 23h15min do dia 7 de abril, o achaque à reportagem no trajeto de ida deixa de ser um fato singular e se torna parte de uma rede de extorsão. Por duas vezes, o veículo foi parado por policiais, que apontaram supostas irregularidades - primeiro em relação à validade do seguro, depois por excesso de velocidade. Quanto ao seguro, a validade vencia à meia-noite do dia 7 - portanto, estava dentro do prazo. Durante todo o trajeto, a velocidade não passou de 110 km/h - máximo permitido pela lei argentina. Nas duas ocasiões em que ZH foi abordada, o comprovante do pagamento da primeira multa fez os policiais recuarem na intenção de extorquir o motorista. Desta vez, os policiais não foram identificados.

Primeiro bloqueio Km 139, às 16h

Policial - Permita-me ver a sua carteira de motorista, o seguro e a documentação do veículo?

Repórter - Aqui está.

Policial - Está vencido o seguro. Vale por três dias, a partir do dia 4. Hoje é 7... Saia do veículo.

Policial - Vais ter que pagar uma multa.

Repórter - Olha, aqui é Entre Ríos, não?

Policial - Sim.

Repórter - Quando vim, tive a má sorte de falar com o senhor Omar, que parece que trabalha nesta região, não?

Policial - Sim.

Repórter - Ele me multou e me disse que o que havia pago me garantia que não iam me multar de novo.

Policial - Claro. Onde tens essa multa?

Repórter - Tenho no carro.

Policial - E por que era?

Repórter - Por ultrapassar em faixa dupla amarela.

Policial - Ah, por faixa dupla.

Repórter - De fato, como já paguei um monte e não planejava gastar...

Policial - O negócio é que sem seguro... Aqui é onde trabalha Omar, nesse posto. Hoje não está, está em casa. No caminho para o Brasil, vais encontrar muitos postos. E vão te encontrar sem isso (o seguro)...

Repórter - Sim.

Policial - Para chegar a Uruguaiana vão querer te cobrar. O que posso fazer é te fazer mais barato, com um boleto dizendo que podes ir sem seguro, por 92 pesos (R$ 73). Porque o outro controle vai te parar e querer te cobrar 300 pesos, e aí vais ter que pagar. Te faço por 92 porque já te cobraram outra.

Repórter - Juro que já não tenho dinheiro. E como o senhor Omar me disse que era uma garantia...

Policial - E não podes pagar nada? 30 pesos (R$ 24)... Para te dar o papel e assim já não te incomodarem mais... Com recibo.

Repórter - Me servirá para seguir?

Policial - Coloco no papel que te esqueceste do seguro. Não escrevo que está vencido, mas que não tens porque te esqueceste.

Repórter - O que eu tenho é só para comer, não dá para mais nada...

Policial - Bom, anda. Mas se outro posto te parar... Pronto, vai!

Último bloqueio Km 341, às 22h

A última parada ocorre em um posto policial no km 341, às 22h do dia 7. Na blitz, um policial faz a abordagem e leva o repórter para a sala do chefe do posto. Não há pedido de propina, mas novamente o comprovante de pagamento da primeira multa serve como proteção.

Policial - Não viu a blitz?

Repórter - Vi e baixei a velocidade.

Policial - Depois há acidentes e lamentam.

Repórter - A verdade é que eu vinha a 110 km/h.

Policial - Na curva, tem um sinal que diz para vir a 60 km/h. Depois, há outro que diz 40 km/h e um de 20 km/h e depois um policial te manda parar. De onde você vem, de Buenos Aires?

Repórter - Sim, vou para Uruguaiana.

Policial - Vai pagar a multa ou não?

Repórter - Não. Já me multaram em Entre Ríos.

Policial - Onde?

Repórter - Em um posto de Entre Ríos, o senhor Omar me parou e me multou. Não posso pagar mais multas.

Policial - Tens o recibo?

Repórter - Sim.

Policial - Traga-o, então.

O repórter volta ao carro e depois de um minuto apresenta o recibo.

Policial - Mas te cobraram pouquinho...

Repórter - Sim, começamos com 200 e poucos pesos. Ele me multou porque disse que ultrapassei em faixa dupla amarela. Ele me disse também que, se me parassem de novo, em Entre Ríos, que dissesse que já tinha sido multado.

Por um minuto, o policial olha para o papel.

Policial - Pois já está, podes ir.



É MENTIRA
O seguro de três dias começara a valer à meia-noite do dia 4 de abril - ou seja, valeria até a meia-noite do dia 7. Estava dentro do prazo.
MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA
> Ao ser parado pelos policiais argentinos mantenha a calma. Irritar o motorista, deixando-o esperar, é uma tática para cobrar a propina
> O pedido de propina dificilmente é feito no veículo. O motorista é levado por policiais a uma sala ou a um carro onde está o coordenador do grupo
> A lei argentina exige equipamentos que não são requeridos no Brasil. Certifique-se de que você tem todos os itens exigidos
> Nas estradas próximas a Buenos Aires, o limite de velocidade é de 130 km/h. Em geral, as rodovias federais apresentam limite de 110 km/h, mas fique atento às zonas urbanas
A LEI
Equipamentos exigidos pela lei argentina para automóveis
> Extintor de incêndio com verificador de carga
> Uma barra para reboque
> Um kit de primeiros socorros
> Dois triângulos
> Cinto de segurança
> Apoio para a cabeça nos bancos dianteiros
> Carteira de motorista
> Seguro obrigatório do automóvel, conhecido como Carta Verde (obtido em corretoras)
> Documento original de propriedade do veículo
> Autorização para dirigir na Argentina, caso não seja o dono do veículo (fornecida pelo proprietário e registrada em cartório)

CONTRAPONTO
O que diz o comissário-geral da Direção de Prevenção e Segurança Viária de Entre Ríos, Jorge Alberto Roldán:
"Vamos investigar até as últimas conseqüências, isso não vai ficar assim. Não podemos ter gente assim trabalhando. Dou minha palavra de que, se houve ilegalidade, ela será punida. No último ano, não tivemos denúncias de pedidos de propina. O suboficial Omar Claudio Sinner está sendo investigado e foi afastado da função que cumpria. Ele já não trabalha em postos da polícia rodoviária e, enquanto a investigação dos documentos avança, atuará como guarda de trânsito na cidade de Diamante."

Leitores denunciam rotina de extorsão

Até as 20h de ontem, ZH havia recebido 51 queixas de motoristas obrigados a pagar propina nas estradas argentinas. A seguir estão alguns relatos que revelam a versatilidade dos policiais: as vítimas vão desde motoristas profissionais a estudantes em excursões, passando por turistas em carros de passeio.

"Tenho uma importadora e uma vez por mês viajo à Argentina. Mesmo que esteja tudo em ordem, começa a extorsão. Pedem dois triângulos, kit de primeiros socorros, capa mortuária e, caso não tenha um destes e outros itens, te multam em 300 pesos. Neste meio tempo eles confiscam os documentos, te levam para uma salinha e fazem você pagar ou não segue viagem."
Gustavo Rossi - Porto Alegre

"Em julho de 2006, voltando de Foz de Iguaçu, fui coagido a comprar uma rifa da Policía Caminera, com direito a adesivo no pára-brisa e a promessa implícita de não ter problemas."
Jorge Ebert - Porto Alegre

"Sou professor do Curso de Mestrado na Universidad Nacional de Misiones e constantemente recebo em aula os relatos dos inúmeros alunos brasileiros que fazem um percurso semelhante e sofrem dos mesmos problemas apontados por ZH para se dirigirem para a aula."
Augusto Jaeger Júnior - Porto Alegre

"Sou argentino e recomendo aos "hermanos" que não paguem propina aos policiais corruptos e que os denunciem em uma delegacia policial. Me envergonha muito que estas coisas ocorram."
Claudio L. Roverano - Capão da Canoa

"Eu e meu marido também fomos extorquidos em Entre Ríos em setembro de 2005. Espero realmente que depois dessa reportagem alguma providência seja tomada."
Rosemeri Soares - São José (SC)

"Como gosto muito da Argentina, agora atravesso de ferry, via Colônia do Sacramento (Uruguai), escapando da 'coima'. Há anos é assim e não acredito que irão corrigir este problema."
Saraiva Silva - Jaraguá do Sul (SC)

"Sou brasileira e moro em Buenos Aires. Viemos para o Brasil em dezembro, de carro, e pagamos quatro vezes propina até Uruguaiana. Espero que as autoridades argentinas tomem alguma atitude agora."
Marislane Bortolotto - Canoas

"Nós, em São Borja, que temos facilidade de ir e vir, estamos acostumados a este tipo de abordagem, especialmente à noite. Depois das 18h, parece que eles aparecem do nada. Já vamos preparados, sempre com alguma propina."
Raul Marques - São Borja

"Por duas vezes, ao ir a Buenos Aires, fui parado. O policial queria 200 litros de gasolina. Pechinchei e dei US$ 50 direto para ele. Na outra vez já levamos uns dólares para a propina, que fazer? Não dá para complicar em outro país..."
Carlos Augusto de Moura - Salto do Jacuí

"Também fui 'assaltado' na Ruta 14. São uns bandidos disfarçados de policiais. E é sempre a mesma conversa. Inventam multas inexistentes, ameaçam e forçam a extorsão. Depois de uma hora de conversa, deixei 170 pesos por lá."
A. Rebelato - Porto Alegre

"Sou velejador da classe Soling e, em 2001, no retorno de uma competição em Buenos Aires, na província de Entre Ríos, passamos pelo mesmo constrangimento. O mais inusitado foi que, de uma multa de US$ 365, pagamos apenas US$ 5, sem recibo. E o pior é que o Mundial deste ano é novamente lá e sabemos que passaremos por tudo novamente."
André Gick

"Estive para meu azar naquela estrada em março deste ano e passei exatamente pelos mesmos problemas que vocês. Fui humilhado, extorquido e não pude fazer nada. Nem no tempo da ditadura enfrentei situação tão corrupta e desonesta. Eu e minha mulher levamos na mala a vontade de nunca mais voltar."
Nelson Grimaldi Santos

"Sou argentino, moro no Brasil há 13 anos e a cada viagem ao meu país de origem, com carro brasileiro, me acontece a mesma coisa. Sinto vergonha do que meu anterior país faz com os estrangeiros. Parabéns e mil desculpas aos brasileiros. Só lembro que os argentino não são todos iguais a esses corruptos."
Marcelo Geronimo Ceppo

"Fiz uma viagem dia 15 de janeiro e fui parado em todos os postos policiais da Rota 14. Só paravam brasileiros, mas os argentinos andavam sem capô do motor. Fui extorquido pela polícia de Entre Ríos no dia 16 de janeiro. Alegaram que eu havia ultrapassado a velocidade máxima. Queriam me cobrar 1,7 mil pesos. Depois me disseram que me fariam por 400 pesos. Depois de muita conversa, me disseram que, se eu não pagasse 200 pesos a eles, eu seria preso, e meu carro, guinchado. Eu não podia arriscar, pois estava com minha mãe e minha irmã. Paguei os 200 pesos e dei meia volta para casa."
Carlos Alberto Boelter

"Fui a Bariloche em julho de 2006 e também fui achacado em dois pesos. Argumentei com o guarda que os faróis estavam ligados, porém ele afirmou que não estavam e queria 50 pesos. Falei que só tinha dois pesos, e ele aceitou para o café."
Leonardo Paixão - Porto Alegre

"Nem se preocuparam"

"Fui com uma excursão para Buenos Aires, de ônibus. O motorista pediu para deixarmos três refrigerantes de dois litros guardados no frigobar, pois, além da propina, eles exigiam refrigerante dos ônibus. Na três barreiras em que pararam o ônibus, o motorista deu R$ 50, mais um refrigerante. Todo mundo do ônibus viu, e os policiais nem se preocuparam."
Edu Funks - Novo Hamburgo

Assim como ZH, dezenas de gaúchos já foram extorquidos nas estradas argentinas. Valéria da Rosa, de Santa Maria, enviou a foto ao lado, que mostra o instante em que o marido é levado a uma viatura policial e achacado. O depoimento de Valéria:

"De carro, nunca mais"

"Nos identificamos com o repórter em relação à negociação e à humilhação pela qual passamos, sabendo que estávamos sendo extorquidos. Depois da tal liquidação, pagamos 100 pesos, com a garantia de não pagar nova multa, e fomos liberados. Durante o trajeto, nos pararam em sete postos policiais ou móveis... Com medo, andávamos atrás de caminhões para não expor a placa. A viagem foi horrorosa, sob tensão, muito desgastante e com as crianças chorando. Argentina, de carro, nunca mais."

FINALMENTE, HOJE COMEÇA A TEMPORADA DA MOTOGP

Finalmente, depois de um longo inverno, as emoções da MotoGP retornam na data de hoje, com o GP do Qatar, direto do circuito de Losail, a ún...