Motocicletas de baixa cilindrada não significam desempenho ruim e
design ultrapassado. Pelo contrário, as novas máquinas de “entrada”
estão cada vez mais estilosas e chamativas. Esse é o caso da nova
Kawasaki Z 300, apresentada ao público no final do ano passado durante o
Salão de Milão 2014, na Itália. O design segue as mesmas linhas
agressivas e modernas da Z 800, que inclui a rabeta minimalista, um
conjunto óptico dianteiro compacto e estiloso, além de uma carenagem
“musculosa” para uma moto de 300 cc. A naked ganhou também um painel de
instrumentos esportivo, que mescla informações digitais com analógicas.
Para
oferecer um desempenho esportivo, mas ao mesmo tempo urbano – principal
característica das motos naked – a Z 300 é equipada com o mesmo chassi e
motor da Ninja 300, mas conta com guidão mais largo. A alteração,
combinada com o motor de dois cilindros paralelos de 296 cm³, promete
deixar rivais para trás, mas sem abrir mão da posição de pilotagem ereta
e relaxada. Confirmada apenas para a Europa – mas com grande
possibilidade de vir ao Brasil – a Z 300 está disponível nas cores verde
e preta.
Motorização
A Kawasaki Z 300 é
uma evolução da naked Z 250 encontrada no mercado asiático. E, assim
como aconteceu com a “Ninjinha” em sua transição para as 300 cc, esta
recebeu algumas importantes modificações no propulsor, que mudaram o seu
comportamento. O curso dos pistões, feitos em alumínio, passou de 41,5
mm para 49 mm e como consequência trouxe novas bielas, duto de admissão
redimensionado, além de novos virabrequim e eixo balanceiro.
Por
ter a mesma arquitetura, o motor da Z 300 apresenta as mesas
características esportivas que o da mini-esportiva. Atinge a potência
máxima de 39 cavalos as 11.000 rpm e torque de 2,8 kgfm aos 10.000
giros, o que demonstra sua tendência a trabalhar em regimes mais altos,
com o ponteiro do tacômetro quase no vermelho. Além disso, o motor
também conta com o beneficio de um sistema de arrefecimento líquido
redimensionado para manter o propulsor sempre na temperatura ideal de
funcionamento.
Assim como ocorre na família das superesportivas
da marca, a Z 300 também conta com o sistema de dupla válvula de
aceleração que controla precisamente a entrada de ar, resultando numa
resposta de aceleração mais linear durante toda a faixa de potência. A
embreagem deslizante da pequena superbike também está presente na
naked.
Naked pura
Assim como o coração da
moto, todo o chassi da Z 300 é baseado no de sua prima superesportiva.
Seu quadro de aço do tipo diamond dá a resistência e esportividade
necessária para transformá-la numa naked pura. Para minimizar a vibração
característica dos motores de dois cilindros em linha, a Kawasaki
adotou coxins de borracha no ponto de fixação entre propulsor e quadro. A
Z 300 tem tanque de combustível de 17 litros de capacidade e pesa 168
kg em ordem de marcha para a versão standard e 170 kg para a com ABS.
O
conjunto de suspensão é formado por garfo telescópico com tubos de 37
mm e curso de 120 mm na dianteira, e monoamortecedor traseiro do tipo
Uni-Trak com 130 mm de curso. Segundo a Kawasaki, a configuração
standard do conjunto garante um funcionamento confortável para a
pilotagem urbana e firme para uma condução mais esportiva. A mola
traseira oferece cinco níveis de regulagem da pré-carga, feitos com o
auxílio de uma chave.
Disponível em duas versões, uma sem e outra
com o sistema ABS, a Z 300 conta com disco de 290 mm mordido por pinça
de dois pistões na dianteira e disco de 220 mm, com pinça também de dois
pistões na traseira. O formato de pétala dos discos, que auxilia na
dissipação do calor, é proveniente dos modelos da família Ninja. Outro
item vindo das esportivas, dessa vez da ZX-14, são as rodas de alumínio
de dez pontas, que na Z 300 são calçadas com pneus de aro 17’’ nas
medidas 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira.
Mercado nacional
A
Kawasaki ainda não confirmou oficialmente a vinda da Z 300 ao Brasil.
No entanto, pela presença da Ninja 300 no mercado nacional e pela
ausência de uma representante da marca na categoria das nakeds de baixa
cilindrada, podemos presumir que a Casa de Akashi comercializará o
modelo por aqui. Afinal, além de aumentar ainda mais sua linha de
produtos no país, irá acirrar a competição no segmento, fazendo a
alegria do motociclista brasileiro.
Fonte: iCarros
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